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Morre o fotógrafo Sebastião Salgado: conheça seu projeto de agricultura sustentável - Café Cotação




Recuperação de nascentes e reflorestamento também fazem parte do legado que fotógrafo deixa para o mundo. Salgado morava em Paris e morreu aos 81 anos O mundo da fotografia perdeu uma de suas maiores referências nesta sexta-feira (23/5): Sebastião Salgado morreu, aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização que fundou ao lado de sua esposa, Lélia Wanick Salgado.
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O “plantio” de água do fotógrafo renomado que contagiou produtores rurais
Além de um trabalho reconhecido mundialmente na fotografia, Salgado deixa uma trajetória marcante e multifacetada, inclusive na agricultura sustentável. Seu principal projeto: transformar uma fazenda degradada no interior de Minas Gerais em um dos maiores exemplos de restauração ecológica.
O Instituto Terra
Na virada dos anos 2000, Sebastião Salgado e Lélia Wanick Salgado deram início a uma transformação que mudaria para sempre não apenas a paisagem de sua cidade natal, mas também o debate sobre restauração ecológica no Brasil.
Fundaram o Instituto Terra, com o objetivo de recuperar a antiga Fazenda Bulcão, de propriedade da família, que estava degradada após décadas de uso considerado predatório da terra. A partir de um programa de reflorestamento, foram plantadas mais de 2,7 milhões de árvores, recuperando cerca de 300 espécies nativas da Mata Atlântica.
O sucesso da iniciativa chamou atenção internacional, transformando o Instituto Terra em um modelo global de restauração ambiental, referência para políticas públicas, organizações não governamentais e produtores rurais interessados em adotar práticas mais sustentáveis.
Produção de café do Instituto Terra, de Sebastião Salgado, em Minas Gerais
Divulgação
Recuperação de nascentes: impacto no agro e na segurança hídrica
Mais recentemente, o Instituto Terra ampliou seu foco com o projeto de recuperação de nascentes na Zona da Mata mineira, no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Iniciado em 2023, o projeto prevê restaurar até 400 nascentes em cinco anos, beneficiando os municípios de Araponga, Fervedouro, Divino e Pedra Bonita.
A estratégia inclui o isolamento das nascentes para impedir o pisoteio de animais, o plantio de espécies nativas para recompor a mata ciliar e o monitoramento da qualidade da água. Mais do que uma ação ambiental, trata-se de uma medida crucial para garantir a segurança hídrica das comunidades locais e aumentar a resiliência dos sistemas produtivos rurais.
Plantio de mudas no instituto Terra, em Aimores
Divulgação
Esse trabalho reforça a importância de integrar a produção agropecuária com ações de conservação e restauração ambiental, mostrando que é possível compatibilizar desenvolvimento econômico com responsabilidade ecológica.
A atuação do fotógrafo à frente do Instituto Terra tem a ideia de mostrar, na prática, como a restauração ambiental pode se integrar ao agro e gerar benefícios concretos. Com o conceito de “plantio de água”, ele ajudou a popularizar a ideia de que plantar árvores é também garantir água, conservar o solo e fortalecer a produtividade rural. Seu trabalho inspirou produtores da região a adotar práticas sustentáveis, contribuindo com a recuperação de ecossistemas e a segurança hídrica local.
Saiba-mais taboola
O Instituto Terra se consolidou como um exemplo de como é possível conectar arte, ciência, agricultura e conservação. Mesmo após sua morte, o legado de Salgado segue inspirando quem acredita na transformação do meio rural e na reconstrução da relação com a natureza.
Um dos maiores fotógrafos documentais da história
Nascido em 1944, em Aimorés, Minas Gerais, Sebastião Salgado iniciou sua carreira fotográfica apenas aos 29 anos, após se formar em economia. Sua lente, no entanto, rapidamente se tornaria uma das mais reconhecidas do mundo, capturando com profundidade e beleza questões sociais e ambientais em mais de 120 países.
Entre suas obras mais emblemáticas estão os livros “Êxodos” (2000), um retrato da migração humana pelo planeta; “Trabalhadores” (1993), que documenta a força e a dignidade do trabalho manual; e “Gênesis” (2013), dedicado a registrar paisagens e culturas ainda preservadas da ação humana.
Seu trabalho foi consagrado com prêmios como o World Press Photo e o Príncipe de Astúrias das Artes, consolidando sua posição como um dos maiores nomes da fotografia documental de todos os tempos.
ebastião Salgado e Lélia Wanick Salgado falam dos 25 anos do Instituto Terra. Fotógrafo morreu, nesta sexta-feira, aos 81 anos



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