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Sistema agroflorestal favorece produção de cafés especiais - Café Cotação




Conclusão é de estudo de 25 anos que avaliou a produção de café conilon na sombra de seringueiras Cultivar café conilon em sistema agroflorestal reduz a produtividade, mas pode favorecer a produção de cafés especiais, além de tornar a cultura mais resiliente às mudanças climáticas. Essa é uma das conclusões de um estudo que o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou por 25 anos para avaliar a influência do sombreamento por seringueiras na produtividade e na qualidade sensorial de 31 clones da espécie Coffea canephora (conilon e robusta).
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O resultado do estudo foi publicado na revista “Coffee Science”. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental do Incaper em Sooretama, município do norte do Espírito Santo, e avaliou os clones sob três condições de sombreamento: pleno sol, sombra pela manhã e sombra à tarde.
Os resultados mostraram que os clones cultivados com sombra à tarde apresentaram uma menor produtividade por planta, mas produziram grãos mais pesados e de melhor qualidade de bebida. Nas outras duas condições, o café produziu mais.
O texto publicado diz que “o sombreamento ajuda a minimizar os efeitos negativos da radiação solar excessiva e do calor no desenvolvimento do café, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade da bebida”.
Em análises sensoriais feitas com base no protocolo do Coffee Quality Institute (CQI), alguns dos genótipos avaliados atingiram notas acima de 80 pontos, apresentando maior doçura, acidez equilibrada e menor adstringência, atributos desejados no mercado de cafés especiais.
Segundo o pesquisador do Incaper José Altino Machado Filho, os clones foram avaliados em condições de sequeiro, ou seja, sem irrigação. “Isso nos forneceu muitas informações relevantes com relação à sensibilidade e à tolerância dos materiais testados ao déficit hídrico”, disse em nota do Incaper.
Mudanças climáticas
Os resultados do estudo, que foi financiado com o apoio do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, reforçaram o entendimento de que os sistemas agroflorestais são uma alternativa promissora para o cultivo do conilon ou robusta frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
No Brasil, a espécie é predominantemente cultivada em monocultura, especialmente em áreas com plena exposição ao sol. No entanto, condições climáticas adversas, como secas prolongadas e aumento das temperaturas, estão afetando cada vez mais as principais regiões produtoras de café.
“Mesmo com interferências no aspecto de produtividade, foi observada a maior resiliência do cultivo em sistema agroflorestal frente às intempéries climáticas que ocorreram ao longo desses 25 anos de avaliações”, finaliza Machado Filho.
O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do país, responsável por aproximadamente 70% da produção nacional.



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