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Saiba o que é o ‘café fake’ proibido pela Anvisa e como identificar fraudes - Café Cotação




Consumidor deve verificar a procedência do grão, desconfiar de preços muito baixos e pesquisar a reputação das empresas Nesta segunda-feira (2/06), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e determinou o recolhimento de três marcas que vendiam de “pó para preparo de bebida sabor café”. Chamados pela indústria do setor de “café fake”, estes produtos, vendidos a preços inferiores aos originais, ganharam espaço nas prateleiras com a alta recorde no preço do grão.
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O que é café fake?
Para que um produto seja vendido como “café” no Brasil, ele deve seguir uma série de padrões de classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Estes critérios avaliam desde o teor de impurezas, a cor, a cheiro e o sabor a embalagem.
O ‘café fake’, por sua vez, não segue estes padrões de qualidade. O produto é um pó que reproduz o sabor da bebida de forma artificial e possui em sua composição itens proibidos por lei para o consumo humano, como cascas, mucilagem, pau, pedra e palha.
Quais são as marcas que estão produzindo ‘café fake’?
marcas de café fake recolhidas
Reprodução
O preço baixo chama atenção. Um pacote de 500 gramas de café fake custa R$ 13,99. Enquanto isso, a mesma quantidade do produto autêntico costuma sair pelo dobro do valor. A diferença está na parte inferior do rótulo.
Enquanto o primeiro se trata de um ‘pó para preparo de bebida sabor tradicional’ e ‘contém aromatizante sintético idêntico ao natural’, os cafés originais entram na categoria ‘café torrado e moído’.
Para Celírio Inácio da Silva, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), este tipo de comercialização se utiliza de subterfúgios para enganar o consumidor, “que também está buscando soluções para continuar adquirindo a bebida apesar das altas dos preços”, diz.
No Brasil, a legislação sanitária e de defesa agropecuária proíbe a comercialização de café misturado com resíduos. “Há quatro décadas, os setores público e privado trabalham juntos na garantia da oferta de um bom produto através das certificações. Portanto, a recomendação é que os consumidores adquiram apenas café que possuam o selo de pureza e qualidade da Abic”, diz.
Em nota, a associação reiterou que “a legislação sanitária prevê que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes no mercado requer autorização prévia da Anvisa mediante a comprovação da segurança de consumo. O comércio irregular e o consumo de produtos clandestinos por empresas sem registro nos órgãos oficiais, além de violar a legislação, oferecem riscos à saúde”.
Neste sentido, três marcas tiveram sua comercialização proibida pela Anvisa nesta semana, são elas: a Pingo Preto, produzido pela Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda; a Melissa, da DM Alimentos Ltda e a Oficial, produzida pela Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.
A DM Alimentos afirmou recentemente à imprensa que o produto “não é comercializado nem rotulado como café torrado e moído”, e usa uma “formulação alternativa legalmente permitida”. A Café Jurere também informou recentemente que o produto da marca Pingo Preto teve a produção encerrada em janeiro. A Master Blends não foi localizada pela reportagem até a publicação desta notícia.
Como não cair no golpe do café fake? Veja 10 dicas
Algumas técnicas na hora de compra podem ajudar o consumidor a identificar e diferenciar os cafés fakes dos originais. “O café possui muitos atributos que fazem bem à saúde e isso só pode ser atestado pela certificação”, enfatiza Celírio.
Observe aparência do café para identificar possíveis adulterações;
Desconfie de produtos que estão com preços muito abaixo do padrão;
Desconfie de produtos com aroma e sabor inadequados;
Busque o selo de pureza e qualidade da Abic na embalagem;
Verifique a procedência do grão. O QR Code é uma forma de verificar as principais informações pelo celular;
Prefira comprar café de marcas conhecidas e confiáveis em estabelecimentos renomados;
Denuncie qualquer irregularidade ao Procon ou outras entidades fiscalizadoras, como a Vigilância Sanitária ou até a Polícia Civil;
Encaminhe amostras para exames laboratoriais para detectar adulteração e testes de autenticidade de origem do café, garantindo padrões de qualidade;
Verifique se os estabelecimentos torrefadores estão registrados no cadastro do Mapa;
Não adquira produtos com as frases “contém aromatizantes”, “tipo café” ou “sabor café”, porque não são cafés de verdade.
Como denunciar?
A Abic tem um canal exclusivo para denunciar café com suspeita de fraude, falsificado ou com preço muito abaixo do mercado. Basta enviar um e-mail para denuncias@abic.com.br com as informações abaixo:
Marca
Nome do fabricante
Nome do ponto de venda (supermercado, mercadinho, empório, atacarejo, lanchonete, e-commerce, feira livre…)
Endereço do ponto de venda (rua, cidade, estado)
Foto frente e verso do produto (precisa ser nítida e com dados legíveis)
Por que o café está tão caro?
A valorização do café pode ser um dos responsáveis pelo boom dos grãos falsificados, já que eles chegam às prateleiras com preços mais competitivos. No entanto, seu consumo não é indicado, podendo colocar em risco à saúde dos consumidores.
As condições climáticas foram desafiadoras para o setor cafeeiro nos últimos quatro anos – geadas, restrição hídrica e altas temperaturas, ocasionadas pelos fenômenos climáticos.
O clima adverso registrado no final de 2023 e em 2024 causou impacto em todas as regiões produtoras, o que colocou a safra do grão em 54,2 milhões de sacas de 60 quilos, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume foi 1,6% menor que o produzido na safra de 2023. 
Ainda assim, apesar das altas recordes dos preços, o consumo vem crescendo. Entre janeiro e outubro, aumentou 0,78%, segundo dados da Abic. E, por isso, a entidade defende a importância de tratar o assunto com seriedade.
“O café é um item que está presente em 98% dos lares e é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás da água. Não pode ser tratado com tamanho descaso”, diz Silva. O executivo explica que todo o setor está unido em busca de soluções diante das dificuldades de produção que acarretam o recente aumento dos preços.
Conforme Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro, a queda do preço ainda neste ano depende da florada brasileira e da safra da Ásia, principalmente Vietnã e Indonésia. Com prejuízos na colheita em países que também se destacam na produção, o Brasil foi procurado para abastecer diversos mercados internacionais.



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