Para analista, questões relacionadas à oferta do grão devem manter cotações em patamares históricos O preço do café renovou a máxima na bolsa de Nova York pela terceira sessão consecutiva, com as questões de oferta voltando a dar impulso às cotações. O papel para março avançou 0,47% nesta segunda-feira (27/1), e atingiu a marca inédita no fechamento de US$ 3,4920 a libra-peso.
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O impasse entre EUA e Colômbia foi o mais recente estopim para a alta do grão no mercado internacional. Tudo começou no último fim de semana, quando o governo colombiano se recusou a receber imigrantes deportados pelos EUA. Em resposta, o presidente americano, Donald Trump, prometeu taxar produtos da Colômbia, entre eles o café. O país é o segundo maior exportador global da variedade arábica.
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“Trump havia prometido taxas entre 25% a 50% para produtos vindos da Colômbia. Depois do impasse, os países se acertaram, mas o café continuou subindo, pois mostrou para o mercado como a situação de oferta é frágil no momento em que há previsão de safra menor para o Brasil”, avalia Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café.
Ainda segundo ele, as chuvas que atingiram áreas do Sudeste no último fim de semana foram muito pontuais, sem impacto, portanto, para reverter os efeitos das altas temperaturas nos cafezais de áreas como sul de Minas de Gerais e também do Espírito Santo. Assim, o quadro de oferta justa prevalece, bem como as indicações de demanda aquecida pelo grão, o que deve favorecer a continuidade de alta nos preços.
“A sequência de recordes para o café em Nova York deixa o mercado sem referência sobre qual é o limite máximo de preços, então podemos dizer que há um caminho aberto para valores ainda mais elevados na bolsa”, destaca Antônio Pancieri Neto.
Suco de laranja
Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para março fecharam a sessão em alta de 1,22%, para US$ 4,8190 a libra-peso.
Açúcar
O preço do açúcar avançou na bolsa de Nova York. Os papéis do demerara para março subiram 0,79%, cotados a 19,17 centavos de dólar por libra-peso.
Cacau e algodão
Sem indicativo de melhora na oferta ou redução significativa do consumo, o preço do cacau recuou em Nova York pautado por realização de lucros dos investidores. Os lotes para março fecharam em queda de 1,91%, para US$ 11.372 a tonelada.
O algodão também se desvalorizou na bolsa nova-iorquina. Os papéis com entrega para março caíram 0,50%, para 67,27 centavos de dólar por libra-peso.
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