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Café 'fake': saiba como evitar a compra de produto falso - Café Cotação




Consumidor deve verificar a procedência do grão, desconfiar de preços muito baixos e pesquisar a reputação das empresas Os preços do café torrado e moído estão sofrendo uma forte alta. Em 2024, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os valores aumentaram mais de 40%, para uma média de R$ 48,90 o quilo. Com isso, muitos produtos “sabor café”, que não levam o grão em sua formulação, começam a ganhar espaço nas prateleiras dos supermercados a preços inferiores aos do produto original. E essa situação está preocupando as indústrias do setor.
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O “café fake” imita o sabor do café de forma artificial, mas não é fabricado a partir do grão. Pelo contrário, leva em sua composição cascas, mucilagem, pau, pedra e palha, que são proibidos por lei para consumo humano.
Para Celírio Inácio da Silva, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), este tipo de comercialização se utiliza de subterfúgios para enganar o consumidor, “que também está buscando soluções para continuar adquirindo a bebida apesar das altas dos preços”, diz.
No Brasil, a legislação sanitária e de defesa agropecuária proíbe a comercialização de café misturado com resíduos. “Há quatro décadas, os setores público e privado trabalham juntos na garantia da oferta de um bom produto através das certificações. Portanto, a recomendação é que os consumidores adquiram apenas café que possuam o selo de pureza e qualidade da Abic”, diz.
Para garantir que está adquirindo o produto original, o consumidor deve se manter atento à origem e qualidade, verificando a procedência do grão, desconfiando de preços muito baixos e pesquisando a reputação das empresas. “O café possui muitos atributos que fazem bem à saúde e isso só pode ser atestado pela certificação”, enfatiza
Consumo aquecido
Apesar das altas recordes dos preços, o consumo vem crescendo. Entre janeiro e outubro, aumentou 0,78%, segundo dados da Abic. “O café é um item que está presente em 98% dos lares brasileiros e é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás da água. Não pode ser tratado com tamanho descaso”, diz Silva. O executivo explica que todo o setor está unido em busca de soluções diante das dificuldades de produção que acarretam o recente aumento dos preços.
As condições climáticas foram desafiadoras para o setor cafeeiro nos últimos quatro anos – geadas, restrição hídrica e altas temperaturas, ocasionadas pelos fenômenos climáticos. O clima adverso registrado no final de 2023 e em 2024 causou impacto em todas as regiões produtoras, o que colocou a safra do grão em 54,2 milhões de sacas de 60 quilos, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume foi 1,6% menor que o produzido na safra de 2023.



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