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Bancos privados projetam aumento na carteira do agro em 2025 - Café Cotação




Crise nas revendas de insumos e freio no mercado de capitais podem abrir oportunidades Bradesco, Itaú BBA e Santander, os três maiores bancos privados que atuam no financiamento do agronegócio do país, projetam aumento de carteira em 2025, mesmo com um cenário mais complicado no campo em função da elevação dos juros. A estratégia adotada pelas instituições é focar em segmentos específicos, com a expansão de crédito a clientes consolidados e a setores com boas perspectivas de investimentos neste ano em função de preços mais remuneradores.
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O sistema financeiro também pode abocanhar parte do mercado aberto pela retração de apetite ou mesmo a saída da praça de outros financiadores sem “DNA” do agro e que ficaram mais expostos aos riscos com o fim do ciclo favorável no setor de anos anteriores.
Um eventual recuo do mercado de capitais, que ficou mais suscetível aos impactos do clima e sofreu mais com a inadimplência, e a crise das revendas de insumos, que financiavam boa parte da safra, são citados pelos bancos privados como oportunidades de expansão, mesmo com o crédito mais caro.
As carteiras ampliadas dos três bancos somam mais de R$ 345 bilhões. São cerca de R$ 130 bilhões no Bradesco, R$ 115 bilhões no Itaú BBA e R$ 100 bilhões no Santander. Elas levam em consideração o tipo de cliente e incluem financiamentos diversos para a cadeia do agronegócio em geral, desde o crédito rural tradicional até títulos, fianças e exportação.
Pedro Fernandes, diretor de Agronegócios do Itaú BBA, projeta crescimento de 13%, para R$ 130 bilhões. “É mais um ano de investimento, de crescimento, de rodar pelo interior do Brasil para achar boas oportunidades”, disse ao Valor. Parte da expansão virá de novos clientes, mas a principal aposta é a redução dos gargalos em alguns setores que estão em momento mais positivo, como a citricultura e os biocombustíveis.
“Vamos apoiar os bons projetos que têm surgido nesses subsegmentos, que vão demandar mais caixa e puxar a produção agrícola, o que fará com que nossos clientes aumentem suas áreas”, acrescentou. Segundo ele, juros freiam investimentos no geral, mas “bons clientes” sustentam as projeções mais otimistas. “Estar no agro no Brasil ainda é um bom negócio”.
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No Bradesco, a expectativa é crescer 10% neste ano. “Vamos ampliar o foco nos clientes do segmento especial”, disse Roberto França, diretor de Agronegócios da instituição. Em sua avaliação, os bancos, públicos e privados, e as cooperativas financeiras terão papel “mais relevante” no financiamento ao setor em 2025 devido ao “compasso de espera” de outros agentes, como o mercado de capitais.
“Vai haver menos ofertas desses veículos alternativos, e bancos grandes serão mais demandados”, disse. A avaliação é que algumas operações estruturadas e fundos foram muito “arrojados”, com ofertas de crédito com baixo nível de garantias, e sentiram mais a inadimplência. “Os bancos tradicionais, com garantias mais robustas, têm mais condição de suportar o momento mais difícil que o setor está passando”, argumentou.
Para Fernandes, do Itaú BBA, o ano será de crescimento e bons negócios para bancos e fundos que têm DNA do agro. “Esses vão continuar, mas quem conhecia muito pouco não está disposto à volatilidade natural do setor”, disse.
Carlos Aguiar, diretor de Agronegócios do Santander, é mais cauteloso. De acordo com o executivo, a carteira pode crescer em 2025, mas em ritmo menor que de anos anteriores. “Pode haver possibilidade de aumentar se o cliente estiver em boas condições e a concorrência do mercado de capitais estiver mais fraca”, ponderou.
Ele citou as culturas de café, algodão, cana e citros como as que estão com melhores margens em 2025, mas ressaltou que a pecuária de corte e a produção de grãos são os maiores mercados.
Nas linhas do Plano Safra 2024/25, o desembolso dos bancos privados está menor, com pouco mais de R$ 41,6 bilhões desde julho passado. O fluxo de recursos migrou para a emissão de Cédulas de Produto Rural (CPRs), inclusive para reestruturar dívidas e solucionar apertos de caixa de produtores com operações mais longas, disse o Itaú BBA.
No banco, alguns clientes estão trocando operações estruturadas de longo prazo, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e debêntures no mercado de capitais, por créditos com vencimentos um pouco mais curtos via CPRs neste início de ano. “Temos visto uma substituição por operações de médio prazo, de característica bancária. Com isso, as empresas não solidificam o spread caro por um período longo de anos. Por mais que o spread seja parecido, o cliente vai pagar por dois ou três anos e não dez anos”, disse Pedro Fernandes.
Ele vê um ano com bom volume de emissões no mercado de capitais, mas não “tão exuberante”, por conta da pressão de investidores por um retorno maior e a baixa propensão de emissores de pagarem esses spreads mais altos.
Octaciano Neto, ex-diretor de Agronegócios da Suno, está otimista com a participação do mercado de capitais no mix de financiamentos que os produtores rurais buscarão neste e nos próximos anos. “Não vejo o mercado de capitais tirando o pé. Existem outros bolsos”, afirmou. “Há gestores que fizeram algumas apostas e fundos que estão machucados que talvez não captem, mas o dinheiro está ali e tem que investir em agro. Não falta apetite”, acrescentou.



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