O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) manifestou sua preocupação após a assinatura da ordem executiva pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Isto é, que confirmou a taxação de 50% para produtos brasileiros importados, incluindo o café.
De antemão, o Cecafé informa que está em contato com seus parceiros nos EUA, como a National Coffee Association (NCA). Isso porque para que o café seja incluído na lista de exceções do governo americano. Todavia, a relação comercial entre os dois países é de extrema importância, com o Brasil sendo o principal fornecedor de café para os EUA. Ou seja, representando mais de 30% do mercado, enquanto os EUA são o principal destino das exportações brasileiras, absorvendo 16% do total.
Taxação de 50%
Primordialmente, o café é essencial para a economia e os consumidores americanos, com 76% da população consumindo a bebida. Aliás, a população gasta cerca de US$ 110 bilhões ao ano. Além disso, a indústria cafeeira nos EUA sustenta mais de 2,2 milhões de empregos. A cada US$ 1 que os EUA importam de café, são injetados outros US$ 43 na economia americana, por exemplo. Desse modo, a bebida gera US$ 343 bilhões por ano, o que representa 1,2% do PIB do país.
Contudo, diante da relevância do café aos consumidores e à economia norte-americana, entendemos que se faz necessária a revisão da decisão de taxar os cafés do Brasil. Aliás, ato que implicará elevação desmedida de preços e inflação. Medida pela qual seguiremos trabalhando junto a nossos parceiros nos Estados Unidos, de maneira que consigamos lograr êxito. Sobretudo, no sentido de, ao menos, o café ser incluído entre os produtos que fiquem isentos da tributação de 50%.