Cotações da amêndoa alcançaram pela primeira vez o patamar de US$ 12.565 a tonelada O preço do cacau atingiu recorde histórico na bolsa de Nova York na sessão desta quarta-feira (18/12) já que não há perspectiva de melhora para a oferta da commodity. Os contratos com entrega para março subiram 6,80%, e alcançaram, pela primeira vez, US$ 12.565 a tonelada. Com o fechamento de hoje, a cotação superou o recorde de US$ 11.878, registrado em abril. Na máxima do dia, a amêndoa foi precificada a US$ 12.931.
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Na avaliação de Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, o otimismo esperado com a safra no oeste africano no primeiro semestre de 2024 virou preocupação com o passar do tempo. A região é responsável por cerca de 70% da produção global.
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“Havia uma expectativa de colheita de 2,2 milhões de toneladas de cacau na região, pois o clima foi bom no primeiro semestre, indicando que poderia haver um superávit, de 80 mil a 90 mil toneladas, após três anos consecutivos de déficit”, afirma Delara.
“Mas durante a fase de colheita, o excesso de chuva prejudicou a qualidade dos frutos e ainda favoreceu o surgimento de doenças. Somado a isso, o governo não cumpriu a promessa de renovação de salários, impactando a mão-de-obra para a safra. Os fundamentos se alteraram, e agora a expectativa é para uma produção africana na casa de 1,8 milhão de toneladas”, acrescenta.
Parte dessa queda esperada para a safra se deve ao clima seco que afetou a região recentemente. Isso deve reduzir as projeções de colheita da produção intermediária, que terá início em abril.
Mas ainda está incerto entre os participantes do mercado se o cacau terá ou não um novo déficit.
“Muitos acreditavam em superávit na casa das 80 mil a 90 mil toneladas no início do ciclo 2024/25. Mas com as condições atuais de clima, e considerando o déficit da temporada passada, acima de 400 mil toneladas, é muito difícil enxergar um superávit. Se ele acontecer pode ser quase nulo, algo entre 5 mil a 10 mil toneladas”, ressalta Delara.
Café
A sessão em Nova York foi de preços mais altos para o café. Os contratos do arábica para março subiram 2,37%, cotados a US$ 3,3265 a libra-peso.
De acordo com o site Barchart, o café voltou a se valorizar após o registro de chuvas abaixo do ideal para áreas produtoras em Minas Gerais.
Os problemas relacionados ao clima e também fatores técnicos têm sido os principais elementos de sustentação para o café na bolsa, que segue próximo das máximas históricas.
Suco de laranja
A alta foi expressiva também para os preços do suco de laranja. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para março, os mais negociados no momento, avançaram 2,12%, com o valor de US$ 5,2660 a libra peso.
Açúcar
Após uma queda de mais de 4% na véspera, o açúcar seguiu desvalorizado em Nova York. O papel para março caiu 0,96%, cotado a 19,65 centavos de dólar a libra-peso.
Algodão
No mercado do algodão em Nova York, os lotes para março caíram 0,89%, cotados a 68,08 centavos de dólar por libra-peso.
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