Apesar de dívida estar maior, resultado alcançou quase 9 bilhões de euros A multinacional holandesa que atua na produção e comercialização de cafés e chás, JDE Peet’s, registrou um lucro bruto de 8,84 bilhões de euros em 2024, um aumento de 7,9% em relação a 2023. O balanço financeiro foi divulgado nesta quinta-feira, após fechamento do mercado europeu.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 10,4%, para 1,3 bilhão de euros na comparação com 2023.
De acordo com a empresa o crescimento se deve a um “impulso” de 4,5% nos preços dos produtos da companhia. Em paralelo, a marca global afirmou em comunicado que irá continuar “absorvendo o máximo possível” das altas recordes do café no mercado internacional.
A empresa não divulga o lucro líquido nos dados financeiros, porém mostrou que o bruto aumentou 49,2%. O lucro subjacente – excluindo todos os itens de ajuste líquidos de impostos – caiu 0,7%, para 729 milhões de euros.
“Esse desempenho foi impactado principalmente por um efeito negativo – não monetário e não dedutível de impostos -, decorrente da mudança no valor dos derivativos de ações da empresa, devido à queda no preço das ações em 2024”, explicou o informe.
Já a dívida líquida da multinacional aumentou 439 milhões de euros, totalizando 4,3 bilhões de euros em 31 de dezembro de 2024. Segundo a JDE, as causas foram os custos das transações relacionadas às aquisições da Maratá e da Caribou.
“Apoiada por um forte desempenho operacional e pelo crescimento do Ebitda, além de um fluxo de caixa livre de 1,04 bilhão de euros com uma alocação disciplinada de capital, a alavancagem líquida encerrou o ano em 2,73 vezes a relação entre dívida líquida e o Ebitda ajustado”, registrou a empresa. Os dados são semelhantes aos registrados no mesmo período de 2023.
Vendas por regiões
Na Europa, as vendas registradas cresceram 0,8%, alcançando 4,72 bilhões de euros, uma ligeira queda, de 1%, no volume em razão a retaliações durante negociações de preços com varejistas, de acordo com a nota divulgada para investidores.
Na América Latina, Rússia, Oriente Médio e África, as vendas registradas aumentaram 32,1%, chegando a 2,03 bilhões de euros. O crescimento é atribuido às marcas Pilão e Jacobs, além da consolidação da marca brasileira de café Maratá. A companhia considerou a operação como “bem-sucedida”.
Por outro lado, as vendas na região Ásia-Pacífico caíram 0,7%. O desempenho variou geograficamente, com bons resultados em países como China, Austrália e Filipinas, enquanto registrou desaceleração na Nova Zelândia e Malásia.
“Estamos muito satisfeitos com esse conjunto sólido de resultados generalizados, especialmente considerando a inflação crescente do café verde”, disse, em nota, o CEO da JDE Peet’s, Rafa Oliveira.
A empresa é dona de marcas como L’OR, Douwe Egberts e Kenco e deve apostar em bebidas instantâneas, ou com base de café para incrementar os próximos resultados trimestrais de 2025.
Oliveira informou ao mercado que a proposta da empresa é aumentar o dividendo em 4,3% e iniciar um ciclo plurianual de recompra de ações de até 1 bilhão de euros, com até 250 milhões de euros destinados para esse tipo de transação em 2025.
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