Açúcar e algodão também operam em alta; cacau abre em baixa nesta manhã As reações do agronegócio à imposição tarifária do governo Donald Trump inverteu a dinâmica de quedas na bolsa de Nova York que, nesta sexta-feira (11/7) abre com as soft commodities em alta. O destaque vai para o café, que sobe 2,41%, com os contratos de setembro a US$ 2,9475 por libra-peso.
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O café arábica, que tem o Brasil como maior produtor e exportador, é o que mais sofre os impactos entre as agrícolas cotadas na bolsa americana, já que os Estados Unidos é o principal comprador do grão brasileiro. A implementação está prevista para 1º de agosto, a menos que a decisão seja revertida até lá.
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De acordo com o banco Commerzbank, será difícil para os importadores norte-americanos substituírem o café brasileiro por outros fornecedores. A Colômbia, segundo maior produtor de arábica, deve exportar apenas 10,7 milhões de sacas — 500 mil a menos que no ano anterior — e já atende parte significativa do mercado dos EUA. Situação semelhante se aplica a outros países latino-americanos.
O açúcar, que também é um dos produtos de parceria comercial dos EUA com o Brasil e outros países que terão de absorver tarifas dos EUA, sobe 0,31% e os lotes com vencimento para outubro custam 16,30 centavos de dólar por libra-peso.
O algodão de mesmo prazo sobe 0,42% e está cotado a 66,53 centavos de dólar por libra-peso. Os papéis futuros de primeira posição, que são os mais negociados pelo curto prazo e temor de oferta disponível, devem continuar voláteis, argumentam especialistas de consultorias como Barchart e Trading Economics.
Nesta manhã, somente os contratos de setembro do cacau operam em queda, de 0,15%, cotados a US$ 8.047 por tonelada, com o clima e andamento dos trabalhos de campo na África como fundamentos principais desse mercado.
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