A finalização do período de colheita do café traz consigo a necessidade de preparação para o início de um novo ano agrícola. Buscando, assim, amenizar os impactos mecânicos ocasionados pela colheita (tanto manual quanto mecanizada) e os danos causados pelas intempéries climáticas. Como, por exemplo, queda de temperaturas e diminuição das chuvas, comumente ocorridas no período da colheita, que na maioria das áreas se concretiza entre os meses de abril a setembro. Dessa forma, todo o planejamento de manejo nutricional e fitossanitário deve estar previamente definido para ser implementado imediatamente após esta finalização da etapa de colheita. Ou seja, é necessário fazer o manejo pós-colheita, pré-florada e pós-florada do café.
Antes de mais nada, as informações são do engenheiro agrônomo Felipe Eduardo de Pádua Silva. Ele faz parte do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé em Patrocínio/MG.
Manejo pós-colheita
Uma cafeicultura de alto desempenho demanda uma atenção redobrada por parte do produtor. Pois, no momento da retirada dos frutos, a regulagem do equipamento de colheita deve ser feita de forma minuciosa (conforme imagem 1 e 2).
Isto é, para que este processo cause o menor impacto possível aos ramos que a planta desenvolveu durante o período de expansão vegetativa. E que, consequentemente, irá originar os frutos a serem colhidos na próxima safra.
Doenças
As lesões que são causadas na planta durante a colheita podem servir como porta de entrada para doenças fúngicas. Como, por exemplo, mancha de Phoma, cercosporiose, bacteriose e ferrugem tardia (conforme imagens abaixo). Uma vez instaladas na lavoura, além de provocar desfolha, podem levar ao abortamento dos botões florais e à morte dos ramos produtivos, impactando negativamente na produção.
Para evitar isso, é imprescindível a utilização de fungicidas a base de cobre (cúpricos), que vão promover a cicatrização destes “ferimentos”. Impedindo, de antemão, a entrada dos patógenos citados. Podem também adicionar a esta aplicação outros fungicidas dos grupos químicos carboxamidas e boscalidas. Acima de tudo, visando o controle de uma eventual cercosporiose e Phoma, que podem vir a surgir de forma mais tardia.
Nesta aplicação, o foco ainda deve ser no controle do desenvolvimento de pragas como o bicho-mineiro, ácaro vermelho e ácaro da mancha anular (ou ácaro da leprose). Realizando, portanto, um bom controle por meio de inseticidas químicos específicos, preferencialmente associados a biológicos.
Produto
A Cooxupé dispõe, em seu vasto portifólio, uma ferramenta fundamental para associação com fungicidas e inseticidas neste momento de aplicação. É o Kafé Pós-Colheita.
Em primeiro lugar, elaboraram esse produto especialmente para esse momento crítico da lavoura. De forma que sua composição conta com nutrientes e aminoácidos específicos. Os quais, juntamente com a alga Ascophyllum nodosum, também presentes em sua formulação, promovem o equilíbrio hormonal das plantas. Diminuindo, assim, o índice de desfolha e a formação de compostos capazes de induzir esta resistência a estresses oxidativos e climáticos.
Aliás, a fase pós-colheita do cafeeiro é fundamental também para o manejo de correção química e da acidez do solo. Que, por sua vez, devem ser embasadas em uma boa amostragem de solo e uma boa recomendação de fornecimento de nutrientes, como cálcio e magnésio, por exemplo.
Nesse sentido, uma boa estruturação do sistema solo-planta garantirá que, durante o período subsequente (pré e pós-florada), a planta tenha condições de suportar o seu próprio desenvolvimento reprodutivo. E o maior “pegamento” possível destas flores.
Fase reprodutiva
A fase reprodutiva demanda alguns nutrientes de forma significativa, como o nitrogênio, enxofre, cálcio, boro, magnésio e fósforo. Pois estes nutrientes cumprem papéis fundamentais na formação das estruturas de reprodução, como o grão de pólen, tubo polínico, pétalas e ovário. Além de atuarem na formação de aminoácidos e geração da energia que a plantas gastam neste momento.
Ademais, eles também atuam a formação da clorofila, membranas e paredes celulares. Que garantirão rigidez às células das plantas e uma boa formação das estruturas. Trazendo maior resistência ao ataque de pragas e doenças.
Planta de café
Torna-se nosso papel, enquanto produtores e extensionistas, garantir que a planta de café tenha condições de formar todas as peças florais. E reter o máximo possível das folhas, garantindo as reservas necessárias para uma florada abundante e efetiva.
Devemos, então, neste momento, controlar o ataque de patógenos conforme citado acima. Afinal, neste momento específico do ano, a predominância é de temperaturas baixas, com umidade relativa mais alta. Aumentado significativamente a ocorrência de ferrugem tardia e mancha de Phoma.
Desta forma, o controle preventivo torna-se indispensável por meio da utilização de fungicidas. Como os triazóis, carboxamidas, boscalidas ou de fungicidas mutissítios, como o mancozebe.
Florada
Para esta fase, a Cooxupé disponibiliza em seu portifólio outra ferramenta contendo componentes necessários especificamente para a formação e manutenção da florada. Ou seja, estamos falando do Kafé Florada.
Em suma, este fertilizante foliar é composto por nutrientes específicos, como o zinco, cálcio, boro, magnésio, dentre outros, de forma quelatizada. Primordialmente, garantindo uma rápida absorção pelas plantas e uma excelente compatibilidade com outros produtos adicionados na calda.
Além disso, sua formulação é composta por hormônios promotores de crescimento (como a giberelina e citocinina). E o aminoácido triptofano, responsável por ajudar o desenvolvimento dos frutos.
Estas e outras características que compõem a linha Kafé buscam suprir a planta por completo. Isso desde a manutenção da nutrição, a promoção de crescimento do cafeeiro, a estruturação e indução de resistência e facilidade no manuseio e aplicação nas lavouras.
Por fim, para a garantia de sucesso no manejo e uma boa performance agronômica destes produtos, consulte sempre seu consultor de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé.
