Café e açúcar sobem nesta manhã, enquanto algodão opera em baixa Os papéis futuros do cacau – com prazo para julho – cedem mais um dia seguido na bolsa de Nova York. Nesta quarta-feira (21/5), as cotações estão a US$ 10.572 por tonelada, desvalorizando 2,78% na abertura do pregão.
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O movimento é de correção técnica, já que os fundamentos da oferta não mudaram e a safra intermediária da Costa do Marfim continua sendo a incógnita principal desse mercado.
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Mesmo com os recuos, os valores da amêndoa pressionam a indústria de chocolates, que sinalizam dificuldades para adquirir a matéria-prima.
Uma delas é a Delfi, que possui forte atuação na Ásia com processamento do cacau até a fabricação de chocolates. De acordo com a área de pesquisa do banco de Singapura, DBS Bank, o cenário da empresa é desafiador em razão da persistência de preços altos na bolsa de Nova York, que se soma à crescente concorrência em nota.
“A administração da fabricante de chocolates e confeitos observou que alguns concorrentes estão adotando estratégias agressivas de preços para ganhar participação de mercado, o que provavelmente exigirá investimentos promocionais sustentados da Delfi para manter sua participação de mercado atual”, afirmam analistas do DBS Research Group. A volatilidade dos preços da amêndoa fazem com que a instituição reduza sua previsão de lucros da Delfi para 2025 em 24%, um dos efeitos da dinâmica do mercado.
Café
Para os contratos do café com vencimento em julho segue a mesma dinâmica do mercado: preços em patamares maiores do que o do ano passado, mas oscilando. Nesta manhã, o arábica sobe 0,08%, mantendo-se a US$ 3,6860 por libra-peso diante de revisões para cima da safra 2025/26 do Brasil. No relatório anual sobre o café, as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicaram leves altas. Para a safra brasileira, a estimativa é de aumento leve, de 0,5%, para 65 milhões de sacas de 60 kg. As estimativas são maiores para as produções no Vietnã e Indonésia também.
No Brasil, a colheita já começou em algumas regiões de cultivo do arábica e o tempo seco ajuda no avanço dos trabalhos de campo. O produtor Leonardo Rezende, de Varginha (MG), falou à reportagem que espera colher mais este ano e que a condição vegetativa dos grãos de arábica é aparentemente boa. A qualidade proveniente do enchimento dos frutos poderá ser vista somente na hora da colheita, disse.
Açúcar e algodão
No campo positivo também está o açúcar demerara, que sobe 0,75% e opera a 17,47 centavos de dólar por libra-peso. Já os lotes de algodão para julho recuam 0,64%, custando 65,72 centavos de dólar por libra-peso. A pressão vem das condições favoráveis para a safrinha da pluma no centro do Brasil.
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