A alta de preços que movimentou o mercado do café entre final de janeiro e início de abril deu lugar a quedas consistentes na bolsa, com investidores embolsando lucros depois que as cotações bateram recorde. Nesta terça-feira (25/2), os lotes do arábica para maio fecharam em queda de 2,31%, para US$ 3,7590 a libra-peso, se afastando do patamar inédito de US$ 4,3890 registrado em 13 de fevereiro.
Além da movimentação técnica na bolsa, o site Barchart disse que os preços chegaram ao menor patamar em três semanas após os estoques certificados de café na bolsa se recuperaram para 792.695 sacas na segunda-feira, em relação à mínima de nove meses de 758.514 sacas registrada na última terça-feira (18).
Mas os fundamentos de oferta no mercado permanecem críticos, o que torna difícil uma reversão definitiva da tendência de alta na bolsa. Além disso, as indicações de demanda continuam firmes, e são um outro pilar para a manutenção dos patamares históricos do grão na bolsa.
O preço do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) retomou a tendência de queda na bolsa de Nova York após a elevação na véspera. Os contratos com entrega para maio recuaram 5,01%, para US$ 2,9470 a libra-peso. A cotação de hoje marca o valor mais baixo desde 17 de janeiro de 2024, segundo o Valor Data.
O produto vem em um canal de baixa desde o início deste mês, após projeções positivas para a safra de laranjas do Brasil, o maior exportador mundial de suco.
O algodão também fechou com preços em queda na sessão. Os contratos para maio cederam 0,75%, para 67,37 centavos de dólar a libra-peso
O preço do cacau ensaiou reação em Nova York após quatro quedas consecutivas. Os contratos para maio avançaram 3,81%, a US$ 8.805 a tonelada.
A amêndoa agora está em tendência de queda em meio às indicações de que a demanda está perdendo força, além da melhora do clima no oeste da África, principal área produtora de cacau do mundo.
Nos negócios do açúcar, os lotes do demerara para maio fecharam em alta de 2,04%, com o valor de 19,97 centavos de dólar por libra-peso.
