Preocupações com a safra de café no Vietnã resultaram valorização para a commodity no cenário externo O café arábica se valorizou na bolsa de Nova York influenciado pelo movimento de preços do grão robusta negociado na bolsa de Londres. Em Nova York, a cotação avançou 2,22% nesta quinta-feira (2/1), para um valor de US$ 3,2685 a libra-peso.
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De acordo com Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, o café registrou alta após notícias sobre a produção de café robusta no Vietnã, maior produtor mundial da variedade.
“As chuvas em excesso estão prejudicando a colheita no país, que no momento gira em torno de 60% da área. Além disso, os preços internos no Vietnã estão elevados mesmo em um período de plena oferta, reduzindo a disponibilidade para o mercado”, observa.
Esse cenário adverso para a produção vietnamita levou a uma alta de mais de 3% nas cotações em Londres.
Ao traçar uma tendência para o arábica em Nova York, o analista acredita em patamares elevados para a commodity, com o clima se mantendo no centro das atenções dos investidores.
“O clima vai ser a tônica do mercado em 2025, pois as temperaturas para este verão preocupam. Os últimos 20 anos foram marcados por períodos cada vez mais quentes, e isso pode prejudicar o final da safra de arábica no Brasil, com o risco de desidratar o grão”, comenta.
Cacau
Os preços do cacau caíram acentuadamente na bolsa de Nova York, com investidores aproveitando os patamares históricos dos contratos para embolsar lucros. Os lotes para março fecharam o primeiro pregão do ano em forte queda, de 4,61%, a US$ 11.137 a tonelada.
Em 2024, o preço futuro avançou 150% na bolsa, devido especialmente às preocupações em torno da oferta de cacau. Esse aumento abriu espaço para realização de lucros na bolsa, já que muitos analistas consideram a alta dos últimos meses exagerada.
Açúcar
O açúcar fechou a sessão com preços em forte alta. Os contratos do demerara com entrega para março subiram 2,44%, a 19,73 centavos de dólar a libra-peso.
As baixas recentes do açúcar motivaram a correção nas cotações, que avançaram também após dados ruins sobre a produção no segundo maior produtor do mundo, a Índia.
Desde o início da temporada 2024/25, em 1º de outubro, as usinas do país fabricaram 9,54 milhões de toneladas, recuo de 15,5% se comparado com o mesmo período do ciclo anterior, disse a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA, na sigla em inglês) em comunicado.
Suco de laranja
Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês em Nova York, os contratos para março fecharam em alta de 0,34%, cotados a US$ 4,9210 a libra-peso.
Algodão
Por fim, no mercado do algodão em Nova York, os lotes para março fecharam em alta de 0,25%, cotados a 68,57 centavos de dólar por libra-peso.
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