Acre inaugura maior complexo de café da agricultura familiar da região Norte - Café Cotação




Com investimento de R$ 10 milhões, projeto no município de Mâncio Lima deve aumentar renda de produtores, mirando industrialização sustentável na Amazônia A cidade de Mâncio Lima, no Acre, passou a abrigar, desde o último sábado (28), o maior complexo industrial de café da agricultura familiar da Região Norte. A estrutura foi inaugurada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), e representa um marco na industrialização da produção rural na Amazônia.
O projeto tem capacidade de beneficiar o grão commodity e cafés especiais. Hoje, o Acre é o segundo maior produtor de café da Região Norte, atrás de Rondônia. Nos Estados, o destaque é para o café robusta amazônico.
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Com investimento total de R$ 10 milhões — sendo R$ 8 milhões da ABDI e R$ 2 milhões da cooperativa — o projeto integra o programa Café Amazônia Sustentável, voltado à valorização do café cultivado por pequenos agricultores e ao fortalecimento de um modelo cooperativista sustentável.
Para o presidente da Coopercafé, Jonas Limas, o complexo é uma “ferramenta para transformar a vida do pequeno produtor”. Segundo ele, 90% dos cooperados são agricultores familiares. “O Acre é do cooperativismo”, ressaltou.
Atualmente, mais de 180 produtores estão associados à Coopercafé, e o impacto direto do projeto já chega a 2 mil pessoas envolvidas na cadeia produtiva do café na região.
A torra de café é uma das etapas do beneficiamento
Wenderson Araujo/CNA
“O que estamos fazendo aqui é cumprir as missões da Nova Indústria Brasil, industrializando a produção da agricultura familiar com foco na sustentabilidade”, afirmou Perpétua Almeida, diretora da ABDI, durante a cerimônia de inauguração, que reuniu cerca de 3 mil pessoas.
A nova planta industrial tem capacidade para processar até 20 mil sacas de café por safra, realizando as etapas de beneficiamento e rebeneficiamento dos grãos. O complexo conta com 1.640 m² e opera com energia limpa, gerada por 356 painéis solares. Também adota práticas como o reuso de água da chuva e o uso de lenha certificada. Toda a produção ocorre em áreas degradadas em recuperação.
O parque industrial permite que os cooperados entreguem o café colhido e recebam o produto já beneficiado, padronizado e embalado — pronto para vender a mercados mais exigentes e com maior valor agregado.
Para a cooperada Raimunda Antunes da Silva, o projeto “mudou vidas”. “Quando criamos a cooperativa, jamais imaginei que estaríamos hoje gerando renda para tanta gente”, afirmou.
Em Mâncio Lima, a renda média dos agricultores subiu 31,4% no último ano, passando de R$ 2.409 para R$ 3.166. No mesmo período, a arrecadação do município cresceu 44,5%, impulsionada pela movimentação econômica gerada pelo café.
“A estimativa é de que o faturamento do parque chegue a R$ 40 milhões por safra, dependendo da produtividade e do mercado”, afirmou Eduardo Tosta, analista da ABDI e responsável técnico pelo projeto. Ele projeta que a receita municipal pode dobrar até 2026.



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