Certamente, você já ouviu falar do mofo branco da soja? De antemão, é uma doença de extrema importância que afeta a soja e mais de 400 culturas. Primordialmente, o patógeno causa sérios danos às plantas e reduz, significativamente, o rendimento da safra e a qualidade das sementes. Antes de tudo, o mofo branco é causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum.
Desde já, o controle da doença é um desafio para os produtores devido à alta capacidade de disseminação e à habilidade do fungo em sobreviver em condições adversas. Dessa forma, para orientar seus cooperados, a Cooxupé preparou um vídeo apontando métodos para o controle do da doença na soja.
Mofo branco
De acordo com Jorge Luiz Campos, consultor técnico de novas culturas da Cooxupé, o feijão, a soja e a batata, por exemplo, destaques na cultura regional, são grandes hospedeiros dessa doença. “As perdas ocasionadas pelo mofo branco podem chegar até 70%, por matar a planta de baixo para cima. E, também, contaminar o solo com seus meios de sobrevivência, com suas estruturas reprodutivas. Então, causa um prejuízo tanto na soja daquele ano, quanto nas futuras plantadas nos outros anos”, explica.
Segundo Campos, a doença se manifesta com temperaturas mais amenas, entre 18º e 25º C, e com um molhamento contínuo. “A época mais propícia, no caso da soja, para o aparecimento da doença é no florescimento, onde a planta tem aberturas. Aliás, por onde os esporos desse fungo entram e, assim, a doença se manifesta dentro da planta”, aponta.
Monitoramento e identificação precoce
O mofo branco também tem como característica uma alta perseverança no solo. Que, por sua vez, os escleródios, que são estruturas de sobrevivência desse fungo, podem permanecer no solo por até 10 anos com uma boa viabilidade.
Todavia, o monitoramento constante da lavoura é uma prática indispensável no manejo do mofo branco. Nesse sentido, a identificação precoce dos sintomas e a detecção de escleródios na área cultivada permitem que o produtor adote medidas de controle de forma satisfatória. Ainda assim, evitando a disseminação da doença.
“Temos sempre que fazer o monitoramento correto, olhar certinho como está o solo. Não só agora na safra da soja que é hospedeira, mas também na safra de inverno, que consiste ou no milho safrinha ou trigo na região. O diagnóstico do mofo na área consiste basicamente no monitoramento. Então, temos que fazer o controle constante para avaliar principalmente o terço baixeiro das plantas e observar se esse mofo estará presente e o grau de severidade”, afirma o consultor técnico.
Controle da doença
Em suma, o controle efetivo da doença requer uma análise integrada, combinando diferentes métodos para reduzir a incidência do patógeno e minimizar os danos. “Após as avaliações e conclusão da presença do mofo branco, o ideal é rotacionar os tipos de controles cultural, biológico e químico”, conta Campos.
Desse modo, o controle cultural do mofo branco é feito por meio de medidas que visam reduzir a propagação do fungo e o dano econômico. Dentre elas, rotação de culturas, espaçamento entre linhas, palhada, controle de plantas daninhas, monitoramento, entre outras.
No contexto do manejo do mofo branco, o controle químico preventivo desempenha um papel fundamental. Contudo, a aplicação de fungicidas deve ser realizada de forma preventiva. Ou seja, antes do surgimento dos sintomas visíveis.
Por fim, o controle biológico é outra ferramenta importante para o combate ao mofo branco. Nesse caso, pode-se optar pelo uso de espécies Trichodermas e Bacillus. Definitivamente, esse fungo é um antagonista natural de vários patógenos, incluindo o Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo branco na soja.
Para saber mais sobre o mofo branco da soja, confira abaixo o vídeo do Cooxupé em Foco.