
O café voltou a subir na bolsa de Nova York depois que as notícias sobre o fim do tarifaço para alguns produtos brasileiros provocaram forte baixa nas cotações na última sexta (21/11). Na sessão desta segunda (24), os lotes com entrega para março fecharam em alta de 1,92%, para US$ 3,7655 a libra-peso.
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Na avaliação de Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, a despeito do fim das taxas dos EUA para a importação de café do Brasil, ainda não é possível dizer quando dos embarques aos americanos irão se normalizar.
“Alguns contratos de exportadores brasileiros com os EUA ficaram represados, esperando toda essa definição sobre o tarifaço. Alguns aguentaram esperar, e outros não. Sabemos que o Brasil voltará a vender para os EUA, pois continuamos sendo a origem mais barata”, diz Bonfá.
Para ele, as exportações de café arábica do Brasil só não deslancham em caso de problemas climáticos que indiquem uma safra menor no ciclo 2026/27.
“Se a safra for de 45 milhões ou 48 milhões de sacas, então os compradores podem esperar a partir de maio, no início da colheita, para adquirir grandes volumes. Só restará saber se o produtor aceitará vender lá na frente caso o preço permaneça abaixo dos valores atuais”, ressalta o analista.
Cacau
Os preços do cacau ensaiaram uma reação na bolsa de Nova York diante de um momento de forte desvalorização. Os contratos da amêndoa para março de 2026 subiram 0,60%, para US$ 5.190 a tonelada.
O cacau foi impactado por movimentos de correção técnica, com investidores se reposicionando após as fortes quedas recentes. Neste ano, a cotação acumula queda de 53%, segundo dados do Valor Data.
Suco de laranja
O suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) despencou em Nova York, e seguiu impactado pelas boas perspectivas de oferta. Os futuros para janeiro tiveram queda de 3,90%, cotados a US$ 1,3685 a libra-peso.
Açúcar e algodão
Açúcar e algodão tiveram um pregão com preços em leve alta. No caso do açúcar, os lotes do demerara para março subiram 0,27%, cotados a 14,82 centavos de dólar a libra-peso. Nos negócios do algodão, os papéis com o mesmo vencimento se valorizaram 0,23%, cotados a 64 centavos de dólar a libra-peso.
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