
O fim do tarifaço dos EUA sobre a importação de produtos agrícolas brasileiros jogou pressão de baixa para algumas commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York. Em relação ao café arábica, os contratos para março do ano que vem fecharam a sexta-feira (21/11) em queda de 1,91%, para US$ 3,6945 a libra-peso.
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Com o fim das sobretaxas de 40% aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, o mercado entende que o Brasil – maior exportador mundial de café arábica – deverá ajudar a recompor parte dos estoques americanos, que foram reduzindo à medida em que o tarifaço diminuiu as compras dos Estados Unidos.
“Os estoques certificados de arábica na ICE [bolsa de Nova York], atualmente em níveis historicamente baixos, podem se recompor à medida que o fluxo de café brasileiro retorne. No entanto, a velocidade dessa recomposição dependerá dos diferenciais do Brasil e do impacto do fim das tarifas sobre outras origens, muitas delas em plena colheita”, observou, em nota, a Hedgepoint Global Markets.
Além de celebrada pela cafeicultura brasileira, o fim do tarifaço foi visto com positivo também por entidades americanas. De acordo com Bill Murray, CEO da Associação Nacional do Café dos EUA (NCA, na sigla em inglês), o fim das sobretaxas “irá aliviar a pressão sobre o custo de vida, manterá uma opção alimentar saudável acessível e fortalecerá as enormes contribuições do café para a economia dos EUA”, disse, em nota.
Suco de laranja
O suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) despencou em Nova York também impactado pelo fim das sobretaxas americanas sobre produtos brasileiros. Os futuros para janeiro tiveram queda de 6,50%, cotados a US$ 1,4240 a libra-peso.
A commodity que já vinha em um canal de baixa devido às perspectivas com a safra do Brasil em 2025/26, cedeu ainda mais após o suco aparecer na lista do governo dos EUA de produtos do Brasil isentos de taxas de importação. O Brasil lidera a exportação mundial de suco, mas já tinha sido excluído do tarifaço promovido pelo presidente dos EUA Donald Trump.
Cacau
Depois da alta de mais de 3% na véspera, os preços do cacau voltaram a ceder na bolsa americana. Os contratos da amêndoa para março de 2026 caíram 2,33%, para US$ 5.159 a tonelada.
A tendência de queda prevalece no mercado internacional, devido às boas perspectivas com a safra no oeste africano. Devido a esse cenário, as cotações registraram sete quedas nos últimos oito pregões. O mercado também entedeu como um sinal positivo de oferta o fim das sobretaxas para o cacau brasileiro, ainda que o país não esteja entre os grandes produtores mundiais da amêndoa.
Açúcar e algodão
Dentre as “soft commodities” negociadas em Nova York, apenas o açúcar e algodão tiveram um dia de preços mais altos. Os lotes do açúcar demerara para março fecharam em alta de 0,86%, cotados a 14,78 centavos de dólar a libra-peso. Em relação à pluma, os papéis com o mesmo vencimento avançaram e 0,17%, para um valor de 63,85 centavos de dólar a libra-peso.
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