O café opera em forte alta na bolsa de Nova York pelo terceiro dia consecutivo e há indicação de que esse movimento deverá continuar, com a presença de elementos já conhecidos do mercado: clima no Brasil e tarifaço dos EUA. Às 9h20, os papéis do arábica para dezembro avançavam 1,2%, cotados a US$ 3,5725 a libra-peso.
A consultoria Barchart, disse que os futuros do arábica alcançaram na sessão de ontem, a máxima em mais de dois meses após preocupações com o clima no Brasil. De acordo com informações da Somar Meteorologia, lavouras de Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, não recebeu chuvas durante a semana encerrada em 16 de agosto.
Os preços do café também sobem com a percepção de oferta mais restrita do produto nos EUA, já que compradores americanos estão cancelando novos contratos de compra de grãos brasileiros devido às tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras para os EUA. “Isso restringe a oferta de café no mercado americano, já que cerca de um terço do café não torrado vem do Brasil”, pontuou a Barchart, em boletim.
O açúcar demerara também sobe nesta manhã de quarta-feira, depois de uma semana de baixa. Os papéis para outubro sobem 2%, a 16,69 centavos de dólar a libra-peso.
O cacau, por sua vez, segue com preços em queda na bolsa de Nova York. Os contratos que vencem em dezembro recuam 0,92%, a US$ 8.098 a tonelada.
A previsão de chuvas para áreas produtoras da Costa do Marfim – maior produtor de cacau do mundo – deram o tom negativo para as cotações. As atenções com o clima na região aumentam à medida em que se aproxima a nova safra 2025/26 de cacau, cuja colheita da safra principal se inicia em menos de um mês.
Por fim, os contratos do algodão para dezembro operam estáveis, a 67,56 centavos de dólar a libra-peso.