Se o grão não for incluído na lista de produtos isentos pelos EUA, os exportadores terão de redirecionar o café a parceiros comerciais da Ásia e da Europa, disse a fonte do ramo de exportação. O Brasil é o maior produtor de café arábica do mundo, com 45 milhões de sacas colhidas em 2024, mais do que outros cinco produtores da espécie juntos: Colômbia, México, Honduras, Peru e Etiópia.
A Ásia parece ser o caminho mais fácil, disse outra fonte. No continente, o crescimento médio anual do consumo foi de 2,3% nos últimos cinco anos, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Em relatório, a consultoria Argus informou que há potencial em mercados em desenvolvimento, como o mundo árabe e o Leste Europeu.
A sobretaxa é um problema grande também para as torrefadoras americanas, que têm poucas alternativas viáveis de fornecimento de matéria-prima, ao mesmo tempo em que os estoques nos EUA estão baixos, disse uma fonte. No momento, o café armazenado nos EUA daria apenas para um mês de consumo, acrescentou.