O preço do café subiu excessivamente na bolsa de Nova York, com o preço direcionado por questões relacionadas com o tarifaço e também por fatores técnicos. Nesta sexta-feira (15/5), os papéis do arábica que vencem em dezembro fecharam em alta de 4,86% US$ 3,3420 a libra-peso.
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De acordo com Antonio Pancieiri Neto, da Clonal Corretora de Café, as tarifas de 50% sobre as exportações de produtos brasileiros, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, causaram uma quebra no fluxo de exportações do Brasil – maior exportador de café arábica do mundo – e também devem prejudicar os Estados Unidos, principal consumidor mundial do produto.
“Com essa quebra de fluxo, não há certeza de que outras origens vão cobrir a falta que o café brasileiro irá fazer para os Estados Unidos. Hoje quem precisa de café está recorrendo à bolsa, para se proteger das tarifas, e com isso o preço sobe mais”, disse Pancieri Neto.
Ainda de acordo com ele, o pessimismo com a safra brasileira do ciclo 2025/26 aumentou depois que a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) informou que a falta de chuva afetou o rendimento dos cafezais na área de atuação da cooperativa.
Todo esse cenário, lembrou Pancieri, motivou ajustes técnicos na bolsa, que também deram impulso às cotações do grão em Nova York.
Cacau
As cotações do cacau tentaram se recuperar da forte baixa registrada na véspera, quando os futuros despencaram mais de 3%. Na sessão de hoje, os papéis para dezembro tiveram alta de 0,08%, com o valor de US$ 8.278 a tonelada.
Açúcar
O açúcar fechou com preços em queda. Os papéis para outubro tiveram baixa de 0,84%, cotados a 16,44 centavos de dólar a libra-peso.
Suco de laranja
Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para setembro fecharam em queda de 0,46%, a US$ 2,4790 a libra-peso.
Algodão
No mercado do algodão em Nova York, as cotações registraram leve baixa. Os contratos para dezembro recuaram 0,21%, a 67,54 centavos de dólar a libra-peso.
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