O agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade do setor teve resultado recorde em 2023, influenciando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB).
Esse desempenho se deve, em grande parte, às exportações: as vendas para fora do país atingiram US$ 166,6 bilhões, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Para se manter competitivo como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas, o Brasil precisa se adaptar às novas exigências do mercado, como o European Union Deforestation Regulation (EUDR, ou Regulamento Antidesmatamento Europeu, em português), aprovado pela União Europeia. A iniciativa é baseada na preocupação de países europeus com o desmatamento persistente em nível global e no entendimento de que as atuais políticas e ações de conservação, restauração e manejo sustentável das florestas não são suficientes para deter o desmatamento, a degradação florestal e a perda de biodiversidade no mundo.
Essa legislação visa reduzir o impacto de mercadorias consumidas pelo bloco nas taxas de desmatamento, emissão de gases de efeito estufa e perda de biodiversidade. Ela estabelece que, a partir de 31 de dezembro de 2025, produtos como soja, carne bovina, café, cacau, borracha, madeira e óleo de palma só poderão ser importados pela União Europeia se comprovada a origem de acordo com as exigências e boas práticas.
A Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, desenvolveu uma plataforma de monitoramento socioambiental de produtores e propriedades rurais para auxiliar o setor a se preparar para o novo cenário regulatório. O Smart ESG possibilita que instituições financeiras, tradings e indústrias possam garantir que as cadeias produtivas estejam em consonância com as exigências do Pacto Verde Europeu.
Além disso, a Serasa Experian, por meio do produto Agro Report, disponibiliza o relatório Conformidade Socioambiental | EUDR, que pode ser utilizado como evidência para atender às exigências do EUDR. Esse material oferece uma análise detalhada e personalizada, permitindo que as empresas do agronegócio comprovem a conformidade com critérios de sustentabilidade, como áreas livres de desmatamento e respeito às leis ambientais.
Com o Agro Report, é possível acessar relatórios avançados que auxiliam no monitoramento de lavouras, valorização de imóveis rurais e conformidade socioambiental, assegurando uma gestão eficiente e alinhada às regulamentações internacionais.
Como a Serasa Experian apoia o mercado agro nas regulamentações do EUDR?
Com acesso a mais de 240 milhões de propriedades monitoradas e mais de 15 milhões de CPFs e CNPJs de proprietários agrícolas, o conjunto de soluções centraliza indicadores como passivos ambientais, excedentes de reserva legal e conversão de áreas produtivas livres de desmatamento para facilitar a análise e a tomada de decisão das empresas.
A plataforma permite a customização de protocolos para que o cliente defina quais critérios deseja aplicar para atender às regras de seu negócio, como explica Marcelo Pimenta, head de agronegócios da Serasa Experian.
“O monitoramento é feito de forma diária e o usuário recebe alertas de quaisquer alterações em relação aos critérios definidos em seu protocolo. Assim, somos capazes de monitorar carteiras de fornecimento em relação às definições do EUDR, além de emitir relatórios que comprovem a conformidade desse fornecedor”, afirma o executivo.
A plataforma combina tecnologias avançadas de geoprocessamento, monitoramento de imagens por satélite e inteligência artificial com dados de bancos públicos, permitindo que as empresas acompanhem aspectos críticos da sustentabilidade, como desmatamento, uso de defensivos agrícolas e condições de trabalho.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) desenvolveu junto à Serasa Experian a Plataforma de Rastreabilidade Cafés do Brasil. A ferramenta permite aos associados assegurarem a comercialização de produtos com origem monitorada e que respeitem os critérios socioambientais do comércio global. O Brasil é o maior produtor mundial de café, com 40% da produção total, segundo o Mapa.
“A sustentabilidade é o que coloca o Brasil em condições de atender ao EUDR. E esse conhecimento e o reconhecimento pela sustentabilidade do café brasileiro têm sido feitos e fortalecidos por conta dessa parceria, por conta dessa plataforma. É a oportunidade de todos nós, numa única voz, mostrarmos os nossos compromissos socioambientais para o mundo”, afirma Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé.