A frente fria que chega a Minas Gerais, principal parque cafeeiro do arábica, traz mais chuvas do que frio, o que faz a meteorologia e analistas descartarem, por enquanto, a possibilidade de geada. Ao mesmo tempo, operadores destacam que a colheita brasileira avança bem, com estimativas mais otimistas do que no início do ano. O Itaú BBA projeta uma melhora na oferta global de café na safra 2025/26, com o crescimento da produção de conilon compensando parte da redução no arábica.
“A imprevisibilidade climática ainda existe. Há operadores que mudam suas posições de compra, ou recompram contratos. Pode ser que o frio ajudou o mercado a encontrar um piso das cotações e, mesmo não acreditando na geada no maior produtor do café do Brasil, o mercado fica mais conservador, administrando suas posições”, observa o sócio-fundador do MM Cafés, Marcus Magalhães.
No caso do cacau de prazo de entrega para setembro, há leve alta, de 0,34%. A amêndoa futura opera a US$ 8.563 por tonelada, sem mudanças nos fundamentos, que consideram, principalmente, o andamento da colheita intermediária na África Ocidental.