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práticas para um futuro mais justo e equilibrado - Café Cotação


O setor cafeeiro, que historicamente tem sido um pilar econômico para muitos países da América do Sul, está enfrentando uma transformação significativa. De antemão, com a crescente conscientização global sobre as questões ambientais e sociais, os cafeicultores estão sendo pressionados a adotar práticas de produção de café sustentável.

Desde já, a boa notícia é que muitos já estão abraçando essa mudança. Aliás, os produtores estão implementando práticas que não apenas melhoram a qualidade do café, mas também contribuem para um futuro mais equitativo e ecologicamente consciente. Antes de mais nada, as informações são da engenheira ambiental, Ana Paula Almeida, e da bióloga, Paula Tavares, e foram veiculadas pelo Conexão Safra.

Café sustentável

Nossa região lidera a indústria mundial de café, e a adoção de práticas sustentáveis é particularmente notável. Por exemplo, no Brasil, maior produtor mundial do grão, a diversidade de qualidades e sabores tem permitido ao país ocupar uma parcela de cerca de 40% do mercado global.

Ainda mais, ele tem investido no uso racional dos recursos hídricos, do melhoramento genético e manejo específico. Como resultado, gera um produto de maior valor agregado e de alta qualidade. 

Essa evolução também possibilita ao setor a aquisição de certificados que atestam essas boas práticas. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), por exemplo, avalia que cafés com certificados socioambientais já representam mais de 15% da produção brasileira, com 60 milhões de sacas por ano.

Para o agricultor, as certificações trazem uma gama de benefícios uma vez que estimulam a melhoria de práticas sustentáveis no campo. Além disso, abre novos mercados e agrega valor ao produto diante de um mercado extremamente exigente e competitivo.

Selo de certificação

Outro ponto é que elas permitem a rastreabilidade da cadeia de valor, da lavoura à indústria. Esse é o aspecto crucial do setor daqui para frente. Nesse sentido, as boas práticas sustentáveis não dizem respeito apenas à preservação ambiental. Mas, sim, do planejamento de toda cadeia de produção a fim de viabilizá-la econômica, social e ambientalmente.

Na Colômbia, mundialmente conhecida pela qualidade de seu café, a preocupação do setor com as condições de produção é evidente. A propósito, o país é o segundo na América do Sul com o maior número de produtores com o selo Fair Trade (comércio justo), e assegura que os grãos foram produzidos respeitando direitos humanos e legislações do trabalho. Contudo, no país, cerca de 257 cooperativas e associações de produtores possuem o selo, contra apenas 54 no Brasil.

Mesmo que a comprovação das ações de sustentabilidade seja altamente relevante, principalmente com a chegada de demandas internacionais, vale ressaltar que essa atitude muitas vezes não se reflete na prática. Mesmo com os consumidores brasileiros declararem em diversas pesquisas a preferência por produtos de empresas com responsabilidade social e ambiental. Desta forma, um dos desafios também é quanto ao reconhecimento e valorização dos selos.

Desse modo, a complexidade está na garantia de manutenção das práticas o tempo todo, primordialmente nos períodos de maior demanda, como na colheita. À primeira vista, o selo deve assegurar rastreabilidade e acompanhar os avanços na cafeicultura da região. Juntamente, aliado aos desafios da cadeia de custódia do café e especificidades de cada país produtor.

Agricultura de sustentabilidade

A agricultura sustentável viabiliza mudanças em todo o processo de produção – desde o plantio até o produto final. Casos como o do café, que representa uma das culturas agrícolas que mais progrediram em termos de sustentabilidade, servem como exemplo para expandir iniciativas para os demais segmentos.

Por fim, planejar as ações com intencionalidade e medir o bom impacto já gerado pela produção de café, seja para as pessoas, seja para o meio ambiente, é um ponto que deve ter continuidade pelos produtores.

Dessa maneira, a liderança global da América do Sul permite que sejamos referência para outros países fora da região. E, por isso, é necessário um esforço de comunicação em todos os momentos: da porteira para dentro e, depois, da porteira para fora, até chegar na xícara.

Portanto, valorizar os indivíduos dessa cadeia que fazem acontecer proporciona reconhecimento de uma cultura que vem se renovando e crescendo com o tempo na produção de café sustentável.



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