“Vamos chegar ao primeiro semestre de 2026 com oferta apertada”, afirmou Oscar Schaps, diretor global de soft commodities da StoneX, nesta sexta-feira (4/7), durante o Coffee Dinner Summit, evento promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que se encerra hoje em Campinas (SP).
O cenário de mercado invertido — no qual os contratos de curto prazo valem mais do que os de longo — deve continuar no segundo semestre deste ano, com possíveis reflexos no abastecimento em 2026. A preferência pelas vendas imediatas, por conta dos preços elevados, tem influenciado até mesmo as operações de hedge, que atualmente são feitas com prazos máximos de três meses, segundo representantes de exportadoras e traders ouvidos pelo Valor durante o evento.
Independentemente da origem, os estoques globais vêm registrando quedas nos últimos dois anos. Mesmo com o consumo estável, o volume armazenado continua diminuindo, enquanto a cadeia produtiva busca soluções para a recomposição, observou Germán Bahamón, presidente da Federação dos Cafeicultores da Colômbia.