A frase “o café bom vai para fora” circula há décadas no imaginário brasileiro. A ideia sugere que os melhores grãos seguem para outros países, enquanto o mercado interno recebe produtos inferiores. Esse assunto voltou a ganhar destaque no cenário da exportação cafeeira, que leva para o exterior uma parte importante dos lotes de alta qualidade. A notícia é do site JoeCWB Café.
O Brasil é, de fato, o maior exportador do mundo, e muitos dos cafés mais valorizados têm como destino mercados internacionais exigentes. Mas, isso não significa que o consumidor brasileiro fica sem acesso aos melhores grãos. A realidade é bem mais equilibrada do que parece.
Por que a exportação de café é tão relevante?
O país combina escala, diversidade e padrões de qualidade elevados. A liderança histórica na produção abastece mercados que buscam confiabilidade, rastreabilidade e consistência. A Cooxupé lidera o ranking brasileiro de exportações de café arábica, com 6,6 milhões de sacas embarcadas, sendo 5,1 milhões exportadas para 50 países, dentre eles Estados Unidos, Alemanha, Itália, Reino Unido, Japão, Bélgica, China e Turquia.
Mercado internacional impulsiona qualidade e valor
O café que segue para exportação passa por classificações detalhadas e avaliações sensoriais rigorosas. Lotes especiais recebem as maiores notas e, por isso, atingem preços superiores no mercado externo. Além disso, a valorização do dólar torna o comércio internacional financeiramente atrativo, incentivando produtores a direcionarem parte dos lotes mais raros para o exterior.
Apesar do prestígio internacional, o mercado brasileiro evoluiu rapidamente. Com mais cafeterias especializadas, microtorrefações e consumidores atentos à origem do grão, cafés de altíssimo padrão também passaram a ficar no país. Hoje, muitos dos melhores lotes são torrados e vendidos aqui, atendendo a um público que valoriza experiência, frescor e transparência.
A força da qualidade no mercado nacional
Para encontrar cafés no mesmo nível dos vendidos em Tóquio, Berlim ou Nova York, o consumidor deve observar informações como fazenda, variedade, processo e data de torra. O selo de qualidade da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) reforça a credibilidade dos cafés disponíveis ao consumidor brasileiro, garantindo padrões consistentes de pureza, qualidade e boas práticas.
A profissionalização do mercado interno fez com que a qualidade se tornasse mais acessível, sem depender apenas do destino exportador.
O papel da Cooxupé na qualidade e no acesso ao café
Na Cooxupé, a excelência da produção está diretamente ligada à valorização do cooperado e à rastreabilidade dos cafés ofertados. A cooperativa trabalha para que seus grãos de alta qualidade cheguem tanto ao mercado interno quanto ao internacional, fortalecendo a cadeia e promovendo acesso amplo a cafés especiais.
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