Marca da Nestlé também está ampliando projeto de reciclagem de cápsulas de café em parceria com a Natura O uso de biochar, um tipo de carvão vegetal feito de biomassa, permitiu que 14 propriedades fornecedoras da Nespresso capturassem no solo 150 toneladas de gás carbônico da atmosfera no ano passado, de acordo com o último relatório de sustentabilidade da marca da Nestlé obtido pelo Valor. No caso do biochar utilizado nessas fazendas, a matéria-prima era a própria casca de café.
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As fazendas operaram como campos experimentais de agricultura regenerativa, destacou o relatório nomeado de ‘The Positive Cup’ (A xícara positiva, na tradução). O documento é batizado com o mesmo nome do programa de investimento em ESG que a empresa possui desde 2014.
Até 2024, a marca tinha direcionado R$ 8,4 bilhões à iniciativa em nível global. No fim do ano passado, o Brasil recebeu R$ 5 milhões desse total para criar a ação ‘Pacote Agronômico’, para ser destinado a consultoria agronômica e social de 130 fazendas que estão na transição agroecológica, e que fazem parte de um grupo maior de 992 propriedades espalhadas em 112 mil hectares pelo Brasil. Todas elas estão inscritas no programa de qualidade de sustentabilidade da empresa, o ‘AAA’. Segundo a marca, é o maior número de fazendas inscritas em um só país.
O objetivo da Nespresso também é assegurar o fornecimento de grãos de qualidade. “Além desse apoio, a marca também oferece um incentivo comercial: compra volumes maiores e paga um prêmio adicional às fazendas que alcançam níveis mais altos de regeneração”, detalhou Mariana Marcussi, diretora de marketing e sustentabilidade da empresa.
No ano passado, consultores ligados ao programa ‘AAA’ fizeram mais de 1,6 mil visitas técnicas às fazendas brasileiras, com foco em práticas regenerativas. Entre as práticas sociais estão a assistência na definição de planos de aposentadoria e seguros climáticos para cafeicultores.
Também no Brasil, a Nespresso firmou uma cooperação com a Natura em outubro para que as cápsulas de alumínio da marca sejam recicladas e utilizadas para produzir embalagens uma linha de produtos da empresa de cosméticos.
Até agora, 2 toneladas de cápsulas foram reaproveitadas, o que representou 10% das embalagens usadas pela Natura na linha de cosméticos, contou Marcussi. As marcas estão trabalhando na expansão do projeto para que 2 toneladas de cápsulas sejam recicladas mensalmente a partir deste ano.
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