Mercado do café segue volátil diante de tarifaço dos EUA e fluxo logístico do grão preocupa - Café Cotação




O mercado de café segue em ritmo lento e com elevada incerteza, diante da possibilidade de os Estados Unidos aplicarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Pesquisadores avaliam que o setor ainda busca alternativas para redirecionar a oferta, especialmente no caso do café solúvel, que utiliza o grão robusta como matéria-prima e tem os EUA como um dos principais destinos.
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A colheita no Brasil também contribui para o cenário volátil, com aumento da oferta no mercado. De acordo com o Cepea, a colheita do arábica avança bem, enquanto a do robusta está praticamente finalizada.
Uma das preocupações do setor é o impacto da tarifa sobre a competitividade brasileira frente a produtos asiáticos. Nos últimos meses, o robusta brasileiro ganhou espaço no mercado internacional, impulsionado pela quebra de safra no Vietnã em 2023 e pelos entraves logísticos que dificultaram embarques da Ásia para a Europa e as Américas. Com a eventual tarifa, essa vantagem poderia ser comprometida, exigindo uma reconfiguração nos fluxos de exportação para atender a demanda norte-americana.
Segundo Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), ainda não há registros de suspensão de contratos ou cancelamentos de embarques. “Seguimos monitorando. Também notamos casos muito pontuais e pequenos de antecipação de embarque, mas nenhum movimento expressivo, lembrando que o café brasileiro ainda não entrou efetivamente no mercado”, afirmou.
Heron destacou ainda que os dois principais portos americanos responsáveis pela entrada de cafés do Brasil — New Orleans (30%) e Nova York (15%) — recebem, juntos, cerca de 45% do volume exportado. “Em média, os navios demoram cerca de 25 dias para chegar a New Orleans e 16 dias para Nova York. Portanto, dependendo do porto de destino, os cafés que saíram no início da segunda quinzena de julho chegariam nos EUA após 1º de agosto. O que ainda não está claro é se a tarifa será aplicada com base na data de embarque ou na data de chegada da carga aos portos americanos”, acrescentou.



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