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Fevereiro e março com chuvas irregulares - Café Cotação


Os meses de fevereiro e de março foram marcados por chuvas irregulares. E, ainda, por temperaturas acima da média. É o que informa o Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé em relação à sua área de cobertura. Que abrange, de antemão, 360 municípios do Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado Mineiro e média mogiana paulista.

Chuvas irregulares

Em fevereiro, primeiramente, as chuvas aconteceram de forma irregular durante todo o mês. E, apesar dos registros de precipitações, o volume permaneceu muito abaixo da média histórica em todos os municípios monitorados pela Cooxupé.

Em Alfenas (Sul de Minas Gerais), registrou-se o menor volume mensal, 41,6 mm de precipitação, sendo a média histórica para o mês de 166,8 mm. Por outro lado, Monte Santo de Minas registrou o maior volume de chuva com 158,9 mm. Mesmo assim, permaneceu abaixo da média histórica (193,4 mm).

As chuvas foram distribuídas de forma irregular durante os três decêndios do mês, com destaque para maiores volumes no primeiro. Inclusive, as chuvas irregulares e com índices oscilantes são características marcantes do período de verão. Trazendo preocupações pela redução no armazenamento de água no solo e aumento da taxa de evapotranspiração.

Temperaturas

Antes de mais nada, as temperaturas registradas permaneceram acima da média histórica em todos os municípios avaliados pela Cooxupé. Isso com destaque para Guaxupé (Sul de Minas Gerais), com 2,1 °C superior aos registros. Já São José do Rio Pardo (média mogiana de São Paulo) registrou a maior temperatura no mês (35,9°C).

Todos os munícipios apresentaram temperaturas máximas acima de 30,3°C. Enquanto Cabo Verde (Sul de Minas) registrou a menor temperatura no mês (14,6°C).

Outro ponto de atenção, aliás, é a grande diferença entre as temperaturas máximas e mínimas, gerando amplitude térmica. Isto é, fator que pode alterar o metabolismo das plantas, causando consumo de energia elevado e redução de carboidratos. Ou mesmo interferindo no processo de divisão e diferenciação celular.

Excedente hídrico

Todos os municípios registraram excedente hídrico. Ou seja, parte da água não infiltrou no perfil do solo onde caiu, escoou pela superfície, infiltrando em outros locais ou sendo depositada em algum curso d’água. Portanto, as chuvas irregulares e altos volumes de precipitação característicos das chuvas de verão causaram esse fator. Monte Santo de Minas registrou 110,3 mm de excedente hídrico.

Ponto de atenção

Mesmo com os volumes de chuvas, todos os municípios registraram déficit hídrico em fevereiro. Antes de mais nada, é o indicador da falta de água que as plantas foram submetidas. Gerando, assim, estresses e gasto de energia que poderia ter sido utilizado no desenvolvimento dos frutos.

Nesse sentido, o déficit hídrico se estendeu pelo 2º e 3º decêndios do mês em todos os municípios, em decorrência das chuvas irregulares.  Em Alfenas, registraram 27,6 mm de déficit.  

Chuvas abaixo da média, altas temperaturas e registro de déficit hídrico reduziram significativamente o armazenamento de água no solo. Chegando, dessa forma, em 42,8 mm de capacidade em Alfenas. O menor volume registrado nos últimos 3 anos para o mês de fevereiro em todos os municípios.

Março

Do mesmo modo, no mês de março, as temperaturas permaneceram acima da média histórica em todos os municípios monitorados pela Cooxupé. Isso com cerca de 1,2°C de temperatura acima em média. São José do Rio Pardo (Média Mogiana de São Paulo), por exemplo, registrou a maior temperatura máxima do mês com 35,5°C.

Entretanto, todos os municípios apresentaram temperatura máxima acima de 30,9°C. Em contrapartida, Patrocínio (Cerrado mineiro) registrou a menor temperatura, de 13,6°C.

As chuvas em março continuaram irregulares e muito abaixo da média histórica para o período. Sendo assim, anotaram o maior volume em Rio Paranaíba (Cerrado mineiro), com 191,5 mm. E menor volume em Alpinópolis, com apenas 38,8 mm, despertando preocupação.

As precipitações irregulares, com volumes desuniformes, foram concentradas especialmente no 2ª e 3ª decêndios do mês de março. Contudo, apenas Rio Paranaíba (61,7 mm), Serra do Salitre (29,4 mm) e Alfenas (4,8 mm) registraram excedente hídrico.

Déficit hídrico

Por conta do baixo registro de chuva e altas temperaturas, sobretudo, todos os municípios registraram déficit hídrico, com destaque para Alpinópolis com 45,7 mm. Podemos apontar estresse térmico e hídrico para as plantas durante o mês de março.

À primeira vista, registraram os maiores volumes de déficit hídrico no 2° e 3° decêndios do mês. O armazenamento de água no solo variou de 100% a 23,6% de sua capacidade na área monitorada. Atenção desde já para Alpinópolis, que finalizou o mês com o menor volume de água no solo disponível para as plantas.

Granação

Os frutos de café originários da florada em meados de outubro de 2024, em outras palavras, estão na fase de granaçãoe prestes a iniciar a fase de maturação. Período responsável pelo enchimento dos grãos (solidificação) e, consequentemente, da definição do peso que os frutos poderão atingir.

Vale ressaltar que determinadas condições podem comprometer o enchimento dos grãos. Como, por exemplo, a incidência de estresses nas plantas pelas condições meteorológicas adversas (veranico, temperaturas altas, amplitudes térmicas e baixa luminosidade). Além da nutrição desequilibrada, ataque de pragas e doenças. E, por consequência, pode reduzir o peso dos frutos, causar frutos chochos, lojas vazias, necrose do fruto. Nesse sentido, provocando baixo rendimento e aumento da litragem de café em coco para gerar um saco de café beneficiado. Bem como pode causar diversos tipos de defeito, reduzindo a qualidade e a classificação do grão.

Fase reprodutiva e maturação

Ademais, junto à fase reprodutiva, está acontecendo o crescimento de ramos e folhas. Ou seja, que demandam alta quantidade de energia (nutrientes) e água para atender aos processos de divisão e diferenciação celular.

Em seguida, a fase de maturação corresponde ao período de amadurecimento dos frutos e momento de colheita. O tempo necessário para maturação dependerá do regime de temperatura e hídrico (chuva) durante o período. Em síntese, altas temperaturas e faltas de chuva podem acelerar o metabolismo da planta. Induzindo à produção do hormônio etileno, que será responsável pelo aceleramento da fase de maturação e menor janela de colheita.

Por fim, baixas temperadas e altas umidades podem favorecer o maior período de maturação. Porém, podendo afetar a qualidade dos frutos e provocar fermentações indesejáveis.  

Na página da Cooxupé estão disponíveis para consulta todos os dados coletados pelas estações meteorológicas da cooperativa.



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