O preço do cacau encerrou o pregão desta terça-feira (4/3) em alta na bolsa de Nova York – os contratos para maio subiram 2%, a US$ 8.376 a tonelada. Para a consultoria norte-americana, Trading Economics, as negociações ainda têm refletido as informações sobre a safra da África Ocidental, em especial no maior produtor, a Costa do Marfim.
Na região, os produtores de cacau reclamam da falta de chuvas, um quadro que alimenta dúvidas sobre o volume da oferta.
Segundo os cálculos da consultoria, a cotação da amêndoa recuou 28,95%, ou o equivalente a US$ 3.330 por tonelada, desde o início de 2025. Os dados têm como base negociações em um contrato por diferença (CFD) que acompanha o mercado de referência para essa commodity. O cacau atingiu sua maior cotação na história (US$ 12.906 por tonelada) em dezembro do ano passado.
Os preços dos lotes do café arábica para maio fecharam o dia em alta de 3,04%, a US$ 3,9840 por libra-peso. A valorização teve influência do desempenho do café robusta na bolsa de Londres também, onde o grão subiu quase 3% durante o dia.
A preocupação de exportadoras e indústrias com o quadro de oferta de café tem criado novos elementos de volatilidade nas negociações do grão. Analistas observam que os estoques globais estão limitados, e há dúvidas sobre o volume final da colheita no Brasil, o maior produtor do mundo de arábica.
Os contratos do açúcar com entrega para maio encerraram o pregão em baixa de 0,67% na bolsa de Nova York, cotados a 17,74 centavos de dólar por libra-peso .
Desde o início do ano, o açúcar demerara já acumula queda de 6,23%, ou o equivalente a 1,20 centavos por libra-peso. O cálculo, da Trading Economics, baseia-se em negociações em um contrato por diferença (CFD) que acompanha o mercado de referência para essa commodity.
O contrato do suco de laranja concentrado congelado (FCOJ, na sigla em inglês) que vence em maio subiu 2,88%, para US$ 2,9960 a libra-peso. As perspectivas para a safra 2025/26 de laranja no Brasil seguem positivas, mas a commodity recuou em virtude de acomodações técnicas.
O algodão, por fim, encerrou o pregão em queda na bolsa de Nova York. Os contratos de segunda posição, para maio, recuaram 3,47% nesta terça-feira, para 63,24 centavos de dólar por libra-peso.
A desvalorização indicou atenção do mercado às sobretaxas que os Estados Unidos vão impor sobre produtos de China, Canadá e México.
De acordo com o analista Carlos Cogo, as tarifas devem reduzir a demanda chinesa e elevar a oferta da pluma no mercado interno americano. “Caso a China compre de outros fornecedores, como Brasil e Austrália, os estoques internos dos EUA devem crescer, pressionando mais os preços”, explicou.