Café e açúcar também caem, enquanto cacau opera em alta Os preços do algodão caem fortemente esta manhã, refletindo uma reação do mercado ao anúncio de tarifas comerciais do governo Donald Trump. Na abertura desta quinta-feira (3/4), os lotes com entrega para maio recuam 4,42% e operam a 64,80 centavos de dólar por libra-peso.
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Os Estados Unidos são o maior exportador de algodão e o fato de as taxas serem recíprocas pode desencadear uma procura de compradores por novos países fornecedores. O Brasil pode tirar vantagem competitiva.
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Para a pluma, as parcerias comerciais prejudicadas com tarifas recíprocas são Paquistão, taxado em 29%, Vietnã em 46% e China em 34% (54% incluindo o conjunto inicial de tarifas do início deste ano). Tarifas de base de 10% foram impostas à Turquia. Elas entram em vigor em 9 de abril.
Segundo a análise da Trading Economics, pesa também as perspectivas do USDA para a commodity, que revelou que as vendas líquidas de exportação de algodão de terras altas nos EUA para a temporada de 2024/25 totalizaram 84.400 fardos em execução na semana encerrada em 20 de março, queda de 17% em relação à semana anterior e 57% em relação à média de quatro semanas. Com as incertezas do tarifaço, o mercado segue atento e em movimento de cautela, destacou a consultoria.
Outro destaque nesta manhã é a sustentação de alta dos lotes de maio do cacau, que depois de subirem mais de 10% na véspera, operam em alta de 1,067%, custando US$ 9.118 a tonelada. Os relatos de complicações climáticas no desenvolvimento da safra do maior produtor global, a Costa do Marfim, segue como principal fundamento do mercado.
Os contratos de maio do café e açúcar abrem no campo negativo. O café arábica, pressionado por ajustes técnicos, opera a US$ 3,8190 a libra-peso, queda de 1,76%.
Já o açúcar demerara cai 1,99%, custando 19,20 centavos de dólar por libra-peso.
As desvalorizações de todas as soft commodities também refletem a influência do anúncio de tarifas sobre o dólar e sobre as indústrias em geral.
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