O café é muito mais do que uma bebida querida pelos brasileiros. Ele representa tradição, cultura e, acima de tudo, um dos pilares da economia nacional. Mas afinal, qual a importância do café para a economia brasileira?
Desde o século XIX, o café ocupa posição estratégica na história brasileira. Ele já foi responsável por mais da metade das exportações do país e, ainda hoje, mantém peso significativo na balança comercial. Além de impulsionar o setor externo, a atividade cafeeira gera milhões de empregos, promove inclusão social no campo e contribui para o fortalecimento da imagem do Brasil como maior produtor e exportador mundial.
Neste artigo, o Hub do Café responde dúvidas mais buscadas sobre o tema e mostra como o café impacta diretamente o desenvolvimento do país.
1 – Qual a relevância do café na economia?
O café é uma das principais commodities agrícolas do Brasil. O país figura há décadas como maior produtor e exportador mundial. Essa posição garante divisas importantes para a balança comercial e movimenta bilhões de reais todos os anos. Em 2024, o Brasil exportou cerca de 50,443 milhões de sacas de café de todos os tipos, o que representou uma receita cambial de US$ 12,515 bilhões, consolidando o grão como um dos motores da economia nacional.
Além disso, a cadeia produtiva do café envolve desde o pequeno agricultor até grandes exportadores, gerando impactos significativos em diferentes setores da economia. Nesse contexto, cooperativas como a Cooxupé, sediada em Guaxupé (MG), exercem papel essencial ao reunir mais de 21 mil pequenos e médios produtores rurais. A cooperativa garante assistência técnica, organização da produção e apoio na comercialização, fortalecendo os agricultores e ampliando sua competitividade.
Graças a esse modelo cooperativista, o café brasileiro não apenas movimenta a economia interna, mas também chega com qualidade e rastreabilidade a mercados exigentes em todo o mundo.
2 – Quantas pessoas trabalham com o café?
O setor cafeeiro é altamente dependente de mão de obra. Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), mais de 8 milhões de brasileiros dependem direta ou indiretamente da atividade. Esse número inclui produtores de café, trabalhadores das lavouras, transportadores, beneficiadores, indústrias de torrefação, exportadores e até setores de logística e comércio.
Esse aspecto social reforça a importância do café como fonte de emprego e renda, especialmente em regiões rurais. No caso da Cooxupé, por exemplo, o modelo cooperativista fortalece milhares de famílias, assegurando inclusão produtiva e oportunidades de geração de renda de forma sustentável.
3 – Qual é o papel do governo no setor?
O setor cafeeiro conta com políticas públicas específicas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é responsável por regulamentar e apoiar o setor, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fornece dados estratégicos sobre safra, estoques e preços.
Essas informações permitem que os produtores rurais planejem melhor o cultivo de café, reduzam riscos e mantenham a competitividade do Brasil no mercado internacional.
4 – Quais fatores influenciam a produção?
O café é uma planta sensível às condições climáticas. Alterações de temperatura, chuvas irregulares ou geadas podem comprometer o crescimento das plantas, reduzir a produtividade e até aumentar a incidência de pragas e doenças.
Por isso, investir em tecnologia, manejo adequado e variedades mais resistentes, como a coffea arábica e a canéfora (robusta/conilon), é fundamental para garantir a estabilidade da produção.
5 – Quais tipos de café o Brasil produz?
No Brasil, predominam dois tipos de café:
– Coffea arábica: responde por cerca de 70% da produção nacional, reconhecido por sua qualidade superior e sabor mais suave.
– Coffea canéfora (conilon/robusta): cultivado em regiões mais quentes e de menor altitude, muito utilizado em blends e no café solúvel.
Ambos têm papel essencial para a economia, atendendo a diferentes perfis de consumo e garantindo a diversidade da oferta brasileira.
6 – Qual a importância das exportações?
A exportação brasileira de café é um dos grandes motores da economia, garantindo divisas e fortalecendo a balança comercial. O Brasil abastece consumidores em mais de 120 países, consolidando-se como referência mundial em quantidade e qualidade.
A Cooxupé, por exemplo, é hoje uma das maiores exportadoras de café do país, levando a produção de seus cooperados para mercados da Europa, Ásia e América do Norte. Esse modelo permite que produtores familiares tenham acesso ao comércio global, aumentando a renda no campo e valorizando a produção nacional.
7 – Café sustentável: tendência e necessidade
Cada vez mais, consumidores internacionais buscam café sustentável. Isso envolve práticas agrícolas que preservam o meio ambiente, valorizam os trabalhadores e garantem rastreabilidade da produção.
O Brasil vem se destacando nesse quesito, e a Cooxupé é exemplo com o Protocolo Gerações, que orienta cooperados a adotar boas práticas ambientais e sociais, assegurando que o café chegue ao mercado internacional com certificações reconhecidas.
Esse movimento é essencial para manter a competitividade do Brasil diante das exigências de importadores e consumidores, que buscam cafés de qualidade produzidos de forma ética e responsável.
8 – Qual a importância do café para a economia brasileira?
O café gera empregos, movimenta a balança comercial, fortalece comunidades, amplia a presença do Brasil no exterior e impulsiona o desenvolvimento sustentável da agricultura.
Mais do que uma bebida, o café é um motor econômico, social e cultural. E com o trabalho de cooperativas como a Cooxupé, o grão produzido por pequenos e médios agricultores brasileiros continua ganhando espaço e reconhecimento em todo o mundo.
