A colheita de café dos associados da Capal Cooperativa Agroindustrial atingiu 85% da área assistida no Paraná e São Paulo, que compreende cerca de 11,4 mil hectares, até última semana. Apesar de ser um ano de bienalidade negativa, as perspectivas de produtividade média estão dentro do esperado para o período, informa a cooperativa.
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“As lavouras cafeeiras expressaram alto potencial produtivo, ainda que as condições climáticas durante o ciclo tenham afetado a produção de café”, avalia o engenheiro-agrônomo Alan Jean de Oliveira, do Departamento de Assistência Técnica (DAT) da Capal, em nota.
No primeiro trimestre, a temperatura acima da média ocasionou estresse e desequilíbrio fisiológico nas plantas, mas apesar da instabilidade do clima, “grande parte dos frutos já estavam bem formados, não tendo comprometimento expressivo do enchimento de grãos dos cafeeiros”, afirma Alan. “A safra iniciou com ótima qualidade de grãos, com os primeiros lotes colhidos apresentando boa granação e boa porcentagem de peneira alta”, complementa.
Outro momento crítico na safra de café foi o excesso de chuvas na região, nos meses de maio e junho. Segundo o agrônomo, o clima chuvoso atrapalhou o fluxo da colheita e comprometeu em parte a qualidade dos cafés. “As chuvas no pico da colheita induziram frutos a romper a casca e a ficarem expostos à umidade e a fungos no campo, facilitando a fermentação indesejada e derrubando mais grãos ao chão, elevando o volume de café de varrição”, explica.
Alan destaca ainda que o manejo na lavoura durante a safra foi crucial para uma produtividade positiva. “Foi necessário redobrar a atenção ao controle de pragas, principalmente o bicho mineiro, exigindo monitoramento periódico e ajustes de manejo em função da alta população do inseto.”
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