A Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas, organizada pela Cooxupé, alcançou recorde de público entre os dias 19 a 21 de março, na cidade de Guaxupé. Antes de mais nada, mais de 42,7 mil cooperados/produtores de café e familiares passaram pelo evento de negócios. A Femagri reuniu cafeicultores do sul mineiro e da média mogiana do estado de São Paulo.
Desde já, o preço do café, que ultimamente vem atingindo patamares históricos, estimulou o ambiente de negócios. E os cafeicultores a buscarem mais tecnologias para suas lavouras, visando maior qualidade na produção. Bem como elevar a produtividade dos cafezais e soluções sustentáveis para suas propriedades. “Diferente das edições anteriores, grande parte dos nossos cooperados saiu da feira com negócios já efetivados. Antes, o orçamento era solicitado e as negociações fechadas posteriormente”, explica o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado, José Eduardo Santos Júnior.
Investir em tecnologia

Contudo, o preço da commodity também incentivou os produtores a optarem pela operação Barter. Isto é, em que o café vira a moeda de troca para o pagamento, negociando suas aquisições na Femagri em no máximo dois anos (2025/2026). “A consciência econômica dos nossos cooperados nos chamou muito a atenção, pois nos anos anteriores a preferência deles era o financiamento em até cinco anos. Mas hoje o negócio em menor prazo é mais vantajoso para eles, especialmente por conta de juros altos. Também é importante destacar que a opção em travar o café traz mais segurança ao cooperado, protegendo-o em relação aos custos de produção”, aponta José Eduardo.
A 24ª edição da Femagri mostrou os investimentos do produtor com foco já na safra do próximo ano e em sustentabilidade. Dentre as tecnologias que mais foram cotadas estão as máquinas para a colheita, como colheitadeiras de maior porte, e, também, para o processo pós-colheita.
Mais desafios para 2026
O balanço positivo conquistado em 2025 e os números históricos elevam os desafios para a Cooxupé, que já está pensando estrategicamente na edição da feira do próximo ano.
“A responsabilidade, certamente, só aumenta. No entanto, podemos antecipar que virão coisas melhores para 2026. Com a entrada da Cooxupé no mercado de grãos, a Femagri continuará, sim, com o seu foco em café, mas será uma feira mais mista, apresentando soluções para cereais, soja e milho. Trabalharemos nisso daqui para frente”, antecipa José Eduardo.
Femagri

O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, comemora os resultados. “Além do recorde geral dos três dias, também registramos um número de público superior em cada dia desta edição. Contudo, a Femagri é uma feira de conhecimento e de tecnologia que já faz parte do calendário do produtor. O otimismo e o momento do preço do café superaram as nossas expectativas, que eram receber 35 mil visitantes”, finaliza.
Em suma, a Femagri 2025 trabalhou o tema “Agricultura e mudanças climáticas: resiliência e oportunidades”. Afinal, a feira contou com 120 expositores instalados em 153 estandes. Considerando a plataforma de exposição e a Fazendinha Sustentável, o evento apresentou mais de 12 mil produtos aos cafeicultores e agricultores mineiros e paulistas.