Cotações fecharam em baixa após uma sequência de três altas na bolsa americana A sessão em Nova York foi de forte baixa para o café, que caiu após três altas consecutivas, com investidores embolsando lucros. Os lotes para maio recuaram 5,56% nesta quinta-feira (6/3), negociados a US$ 3,8715 a libra-peso.
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Para Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, o fechamento do café se deu por fatores estritamente técnicos, já que os fundamentos que levaram os preços a um recorde não mudaram.
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“Os produtores estão afastados das negociações no mercado físico, e a indústria também está em compasso de espera, pois não sabe qual será o desfecho da safra brasileira”, afirma.
No quesito consumo, Pancieri Neto afirma que a demanda não mostrou sinais de fraqueza, mesmo que o alto patamar de preços esteja assustando os consumidores. Desse modo, ele acredita que ainda há forças para que o café volte a bater novos recordes de preço na bolsa.
“O mercado está tentando buscar um ponto de equilíbrio, mas não há referência sobre qual é o valor. Ainda temos estoques baixos e incerteza sobre a safra brasileira, diante de relatos de quebra maior que o esperado em algumas áreas. O conilon, sozinho, não conseguirá suprir toda a demanda prevista, portanto há fôlego para café buscar novos recordes”, afirma o corretor de mercado.
Suco de laranja
Outro destaque de baixa em Nova York aconteceu no mercado de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês). Os papéis para maio recuaram 5,72%, para US$ 2,9165 a libra-peso.
As perspectivas com a safra de laranjas no Brasil em 2025/26 colocam pressão de queda na commodity, já que o país é o maior exportador mundial do suco de laranja. Além disso, relatório do Price Futures Group ressalta que não há preocupações climáticas para o Brasil neste momento. O cenário é semelhante Flórida, principal produtor americano da fruta.
Açúcar
Nos negócios do açúcar em Nova York, os lotes do demerara para maio fecharam em queda de 0,38%, a 18,13 centavos de dólar por libra-peso.
Algodão e cacau
Os papéis do algodão com vencimento em maio fecharam em alta de 2,42%, para 65,21 centavos de dólar a libra-peso. Uma correção técnica pautou o fechamento das negociações do cacau. O papel para maio, depois de uma baixa de 3,70% na véspera, fechou em alta de 1,50%, cotado a US$ 8.187 a tonelada.
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