A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) divulgou os indicadores da indústria de café que evidenciam a relevância do produto tanto do ponto de vista alimentar, como para a indústria nacional. De antemão, os números apontam que o consumo do café no Brasil entre novembro de 2023 e outubro de 2024 registrou um aumento de 1,11% em relação ao período anterior. Ou seja, considerando dados de novembro de 2022 a outubro de 2023. Primeiramente, o volume representa 40,4% da safra de 2024, que foi de 54,21 milhões de sacas, segundo a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento. Desde já, o Brasil segue como o maior consumidor dos cafés nacionais.
No total, foram consumidas 21,9 milhões de sacas frente aos 21,6 milhões em 2023. Contudo, o país segue como o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que consomem anualmente 26 milhões de sacas. Entretanto, se compararmos o consumo per capita do Brasil com EUA (4,9 kg.hab.ano – café cru), o valor brasileiro é superior.
Consumo do café
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A região Sudeste responde por 41,7% do total nacional, enquanto a região Nordeste por 26,9%. Ainda assim, a região Sul responde por 14,6%, a região Norte por 8,8% e a Centro-Oeste por 8%.
No momento, as indústrias associadas da ABIC respondem por 71,7% da produção do café torrado em grão e/ou moído, e representam 86,5% de participação no varejo supermercadista. Contudo, a ABIC registra, atualmente, 2.132 produtos certificados.
Nesse sentido, o faturamento da indústria de café torrado, em 2024, alcançou R$ 36,82 bilhões, uma variação percentual positiva de 60,85 quando comparado a 2023. Sobretudo, a alteração ocorre devido ao aumento do preço do café na gôndola.
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Variação do preço médio no varejo
O preço médio dos cafés especiais sofreu um aumento de 9,80%, quando comparado o período de janeiro de 2024 com dezembro de 2024. Do mesmo modo, a categoria de cafés gourmets registrou alta de 16,17%. O preço da categoria de cafés superiores também sofreu aumento (34,38%), o mesmo aconteceu com os cafés tradicionais e extrafortes, que tiveram acréscimo de 39,36%. Os cafés em cápsula também registraram adição nos preços (2,07%).
Em suma, nos últimos quatro anos, a matéria-prima aumentou 224%, e o café no varejo teve alta de 110%. No último ano, a variação de preço ao consumidor do café torrado e moído foi de 37,4%, um crescimento maior que a média da cesta básica (2,7%). Além disso, o leite (18,4%), arroz (15%) e óleo de soja (26,6%) também sofreram aumento. Já o açúcar (3,7%) e feijão (3,1%), tiveram queda. Por fim, a média dos produtos açúcar, leite, arroz, feijão e óleo de soja dá 8,7%.
Para mais informações sobre os indicadores acesse o site da associação.